sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
CBF confirma Fluminense como líder do novo Ranking Nacional de Clubes.
A CBF confirmou nesta sexta-feira o Fluminense como o líder do novo Ranking Nacional de Clubes, que tem novidades e adota critérios diferentes dos usados nos últimos anos. As conquistas recentes levaram o Tricolor ao topo. Agora, apenas resultados dos últimos cinco anos são considerados. O clube carioca soma 16.208 pontos.
A pontuação do Fluminense foi turbinada não apenas pelos títulos brasileiros de 2010 e 2012 , mas também pelas participações nas últimas três edições da Libertadores, que geram bônus. Pelo critério antigo, eram levados em conta os resultados em competições nacionais desde 1959, ano em que o primeiro campeonato abrangendo todo o país foi disputado.
A partir de agora, apenas os últimos cinco anos serão levados em conta. Eles terão pesos diferentes (o mais novo multiplica a pontuação por cinco, o seguinte, por quatro, até o mais antigo, que tem peso um).
A pontuação do Fluminense foi turbinada não apenas pelos títulos brasileiros de 2010 e 2012 , mas também pelas participações nas últimas três edições da Libertadores, que geram bônus. Pelo critério antigo, eram levados em conta os resultados em competições nacionais desde 1959, ano em que o primeiro campeonato abrangendo todo o país foi disputado.
A partir de agora, apenas os últimos cinco anos serão levados em conta. Eles terão pesos diferentes (o mais novo multiplica a pontuação por cinco, o seguinte, por quatro, até o mais antigo, que tem peso um).
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Trabalho escravo infantil no Brasil .
De cada dez crianças de 10 a 13 anos trabalhando em 2010, seis não ganhavam nada. Os dados fazem parte do “Censo 2010: educação, deslocamento, trabalho, rendimento”, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo a legislação brasileira, o trabalho de adolescentes de 16 ou 17 anos de idade é autorizado, desde que não seja prejudicial à saúde, segurança e moralidade. Já o trabalho de adolescentes de 14 ou 15 anos só é autorizado na condição de aprendiz. Abaixo de 14 anos, todo tipo de trabalho é proibido.
Segundo o estudo, em 2010, 6% dos meninos e 4,3% das meninas entre 10 e 13 anos trabalhavam. Na faixa de 14 a 15 anos, o trabalho fazia parte da vida de 15,2% dos garotos e de 9,8% das garotas.
O ingresso precoce no mundo do trabalho é mais comum na zona rural (13,6%) do que nas cidades (3,3%), e em geral essas crianças e adolescentes trabalham para produção para consumo próprio ou em outros serviços não remunerados.
Além disso, o estudo comprovou que é muito mais comum o abandono dos estudos por uma pessoa que trabalha do que por uma pessoa que apenas estuda.
O nível da ocupação (trabalho) das crianças e adolescentes que não frequentavam a escola atingiu 17,5%, entre as pessoas entre 10 e 13 anos; 23,2%, entre 14 e 15 anos; e 37,5%, de 16 ou 17 anos. Já o dos estudantes ficou, respectivamente, em 4,8%, 11,7% e 23,8%. Esse mesmo comportamento ocorreu tanto para os homens como para as mulheres e, também, nas áreas urbana e rural.
Segundo a legislação brasileira, o trabalho de adolescentes de 16 ou 17 anos de idade é autorizado, desde que não seja prejudicial à saúde, segurança e moralidade. Já o trabalho de adolescentes de 14 ou 15 anos só é autorizado na condição de aprendiz. Abaixo de 14 anos, todo tipo de trabalho é proibido.
Segundo o estudo, em 2010, 6% dos meninos e 4,3% das meninas entre 10 e 13 anos trabalhavam. Na faixa de 14 a 15 anos, o trabalho fazia parte da vida de 15,2% dos garotos e de 9,8% das garotas.
O ingresso precoce no mundo do trabalho é mais comum na zona rural (13,6%) do que nas cidades (3,3%), e em geral essas crianças e adolescentes trabalham para produção para consumo próprio ou em outros serviços não remunerados.
Além disso, o estudo comprovou que é muito mais comum o abandono dos estudos por uma pessoa que trabalha do que por uma pessoa que apenas estuda.
O nível da ocupação (trabalho) das crianças e adolescentes que não frequentavam a escola atingiu 17,5%, entre as pessoas entre 10 e 13 anos; 23,2%, entre 14 e 15 anos; e 37,5%, de 16 ou 17 anos. Já o dos estudantes ficou, respectivamente, em 4,8%, 11,7% e 23,8%. Esse mesmo comportamento ocorreu tanto para os homens como para as mulheres e, também, nas áreas urbana e rural.
sábado, 15 de dezembro de 2012
FRAUDE NAS ELEIÇÕES NO RIO.
PF apura acusação de fraude em eleição no Rio
A Polícia Federal apura uma acusação de que houve fraude nas eleições municipais no Estado do Rio de Janeiro a partir da violação na transmissão dos votos pelo sistema online do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo afirmações de um hacker, que pediu para não ter o nome publicado, colegas alterariam a pedido de políticos e partidos o resultado das eleições antes da totalização dos votos pela Justiça Eleitoral.
Isso ocorreria, segundo ele, por meio da obtenção fraudulenta de login e senha de acesso ao sistema. As investigações começaram a partir de suas declarações. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Ele diz que a invasão ocorreria depois da transmissão de 50% dos dados das urnas eletrônicas para o Tribunal Regional Eleitoral. Segundo o hacker, a invasão teria sido feita por meio do sistema de transmissão de dados online da empresa de telecomunicações Oi. A Oi informou, por meio de sua assessoria, que o sistema é seguro.
O TSE, que também já manifestou várias vezes em ocasiões anteriores que o sistema é seguro, disse que só se pronunciará caso o resultado de alguma votação seja questionado judicialmente. O inquérito para apurar o caso foi aberto pela PF antes do segundo turno. No dia das eleições (28 de outubro), a corporação acompanhou a "invasão" junto com o hacker delator, mas afirma que nada foi comprovado.
Fonte : JB
A Polícia Federal apura uma acusação de que houve fraude nas eleições municipais no Estado do Rio de Janeiro a partir da violação na transmissão dos votos pelo sistema online do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo afirmações de um hacker, que pediu para não ter o nome publicado, colegas alterariam a pedido de políticos e partidos o resultado das eleições antes da totalização dos votos pela Justiça Eleitoral.
Isso ocorreria, segundo ele, por meio da obtenção fraudulenta de login e senha de acesso ao sistema. As investigações começaram a partir de suas declarações. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Ele diz que a invasão ocorreria depois da transmissão de 50% dos dados das urnas eletrônicas para o Tribunal Regional Eleitoral. Segundo o hacker, a invasão teria sido feita por meio do sistema de transmissão de dados online da empresa de telecomunicações Oi. A Oi informou, por meio de sua assessoria, que o sistema é seguro.
O TSE, que também já manifestou várias vezes em ocasiões anteriores que o sistema é seguro, disse que só se pronunciará caso o resultado de alguma votação seja questionado judicialmente. O inquérito para apurar o caso foi aberto pela PF antes do segundo turno. No dia das eleições (28 de outubro), a corporação acompanhou a "invasão" junto com o hacker delator, mas afirma que nada foi comprovado.
Fonte : JB
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Fraude nas eleições informatizadas? Há muito estamos de olho nisso !
Informe JB13/12 às 10h50 - Atualizada em 13/12 às 16h57
Hacker sabe como fraudar eleições informatizadas
Jornal do Brasil Celina Côrtes
Um caminho para fraudar as eleições informatizadas brasileiras foi apresentado esta semana, para as mais de 100 pessoas que lotaram o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), na Glória, Zona Sul do Rio.
Junto a especialista em transmissão de dados e um delegado de polícia, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel, por questões de segurança, mostrou como fazer um acesso ilegal à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi. O método consiste em interceptar os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, os resultados são modificados, beneficiando candidatos em detrimento de outros, sem nada ser oficialmente detectado.
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.
Sob proteção policial.
A revelação ocorreu durante o seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido nesta segunda-feira (10) pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (partido escolado em fraudes eleitorais após o episódio do Proconsult, recentemente publicado pelo Jornal do Brasil).
Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou ainda que não age sozinho: faz parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos. Ele citou explicitamente o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). Notícia prontamente desmentida pelo deputado como se pode ler aqui.
A deputada Clarissa Garotinho, que também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel - afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a denúncia de Rangel cair no vazio.( Fonte : JB )
Hacker sabe como fraudar eleições informatizadas
Jornal do Brasil Celina Côrtes
Um caminho para fraudar as eleições informatizadas brasileiras foi apresentado esta semana, para as mais de 100 pessoas que lotaram o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), na Glória, Zona Sul do Rio.
Junto a especialista em transmissão de dados e um delegado de polícia, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel, por questões de segurança, mostrou como fazer um acesso ilegal à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi. O método consiste em interceptar os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, os resultados são modificados, beneficiando candidatos em detrimento de outros, sem nada ser oficialmente detectado.
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.
Sob proteção policial.
A revelação ocorreu durante o seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido nesta segunda-feira (10) pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (partido escolado em fraudes eleitorais após o episódio do Proconsult, recentemente publicado pelo Jornal do Brasil).
Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou ainda que não age sozinho: faz parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos. Ele citou explicitamente o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). Notícia prontamente desmentida pelo deputado como se pode ler aqui.
A deputada Clarissa Garotinho, que também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel - afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a denúncia de Rangel cair no vazio.( Fonte : JB )
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
A coisa está ficando feia para o ex-presidente Lula.
Valério diz que entregou provas à Procuradoria.
Operador do mensalão e condenado a mais de 40 anos pelo caso, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse que entregou ao Ministério Público Federal documentos comprovando acusações feitas em seu novo depoimento, que envolvem o ex-presidente Lula no escândalo.
Em resposta aos que desqualificam suas acusações, Valério afirmou que os documentos foram entregues em setembro, quando falou à Procuradoria. Numa breve declaração, queixou-se: "Os procuradores não tocaram nos papéis que deixei lá".
Entre os documentos, está o registro de depósito dos R$ 98,5 mil que, diz Valério, foram usados para pagamento de despesas pessoais do ex-presidente Lula na posse e no primeiro mês de seu primeiro governo.
O cheque foi destinado à empresa de segurança Caso, de Freud Godoy, ex-assessor pessoal de Lula.
Esse depósito já havia sido identificado pela CPI dos Correios, aberta para apurar o caso em 2005, mas na época Valério nada disse.
Não há registro do que foi comprado com o dinheiro repassado. Em depoimento, Freud alegou que o recurso foi empregado em gastos com segurança da posse.
FORO
Condenado a 40 anos e quatro meses de prisão por ter operado o esquema, Valério responsabiliza o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha pelo desfecho do processo, com 25 condenações.
A interlocutores, Marcos Valério afirma que o processo não teria o mesmo resultado caso fosse julgado em primeira instância, com possibilidade de recursos.
Advogado de Valério, o criminalista Marcelo Leonardo conta que chegou a articular no Congresso a aprovação de emenda constitucional que dava fim ao foro privilegiado, que define o STF como tribunal para o julgamento de parlamentares.
Liderados por Dirceu, os petistas, no entanto, orientaram a bancada do partido a não dar quorum para votação do texto. A defesa pediu cinco vezes desmembramento do processo para que Valério fosse julgado em primeira instância, sem sucesso.( Folha)
Operador do mensalão e condenado a mais de 40 anos pelo caso, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse que entregou ao Ministério Público Federal documentos comprovando acusações feitas em seu novo depoimento, que envolvem o ex-presidente Lula no escândalo.
Em resposta aos que desqualificam suas acusações, Valério afirmou que os documentos foram entregues em setembro, quando falou à Procuradoria. Numa breve declaração, queixou-se: "Os procuradores não tocaram nos papéis que deixei lá".
Entre os documentos, está o registro de depósito dos R$ 98,5 mil que, diz Valério, foram usados para pagamento de despesas pessoais do ex-presidente Lula na posse e no primeiro mês de seu primeiro governo.
O cheque foi destinado à empresa de segurança Caso, de Freud Godoy, ex-assessor pessoal de Lula.
Esse depósito já havia sido identificado pela CPI dos Correios, aberta para apurar o caso em 2005, mas na época Valério nada disse.
Não há registro do que foi comprado com o dinheiro repassado. Em depoimento, Freud alegou que o recurso foi empregado em gastos com segurança da posse.
FORO
Condenado a 40 anos e quatro meses de prisão por ter operado o esquema, Valério responsabiliza o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha pelo desfecho do processo, com 25 condenações.
A interlocutores, Marcos Valério afirma que o processo não teria o mesmo resultado caso fosse julgado em primeira instância, com possibilidade de recursos.
Advogado de Valério, o criminalista Marcelo Leonardo conta que chegou a articular no Congresso a aprovação de emenda constitucional que dava fim ao foro privilegiado, que define o STF como tribunal para o julgamento de parlamentares.
Liderados por Dirceu, os petistas, no entanto, orientaram a bancada do partido a não dar quorum para votação do texto. A defesa pediu cinco vezes desmembramento do processo para que Valério fosse julgado em primeira instância, sem sucesso.( Folha)
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Barbosa admite investigação de Lula na Justiça Comum sobre Mensalão.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, admitiu, nesta terça-feira, que o Ministério Público Federal deve investigar a acusação de Marcos Valério – em matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do esquema do mensalão. Indagado por repórteres, no intervalo da sessão do Conselho Nacional de Justiça , sobre o assunto, Barbosa foi lacônico: “Eu creio que sim" (que ele deveria ser investigado).
O mais penalizado dos réus da Ação Penal 470, na condição de operador do mensalão, foi condenado a mais de 40 anos de reclusão pelos crimes de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele teria dito, em depoimento de setembro último, na Procuradoria-Geral da República, a duas subprocuradoras, que o ex-presidente autorizou empréstimos ao PT dos bancos Rural e BMG ao PT, com objetivo de viabilizar o esquema. Conforme a reportagem publicada nesta terça-feira, parte do dinheiro teria sido usada para pagamento de despesas pessoais de Lula.
Barbosa foi lacônico: “Eu creio que sim"De qualquer modo, caso a PGR venha a abrir inquérito para investigar o ex-presidente, o procedimento correria no âmbito da Justiça do primeiro grau. O procurador-geral da República e ministros do STF já deixaram claro que o hoje cidadão Luiz Inácio Lula da Silva não poderia, de modo nenhum, ser “incluído” na ação penal cujo julgamento o STF está concluindo.
O mais penalizado dos réus da Ação Penal 470, na condição de operador do mensalão, foi condenado a mais de 40 anos de reclusão pelos crimes de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele teria dito, em depoimento de setembro último, na Procuradoria-Geral da República, a duas subprocuradoras, que o ex-presidente autorizou empréstimos ao PT dos bancos Rural e BMG ao PT, com objetivo de viabilizar o esquema. Conforme a reportagem publicada nesta terça-feira, parte do dinheiro teria sido usada para pagamento de despesas pessoais de Lula.
Barbosa foi lacônico: “Eu creio que sim"De qualquer modo, caso a PGR venha a abrir inquérito para investigar o ex-presidente, o procedimento correria no âmbito da Justiça do primeiro grau. O procurador-geral da República e ministros do STF já deixaram claro que o hoje cidadão Luiz Inácio Lula da Silva não poderia, de modo nenhum, ser “incluído” na ação penal cujo julgamento o STF está concluindo.
Eles estão de volta ! Bueiros explodem no Rio de Janeiro.
Bueiro explode em Copacabana e fere motociclista
Tampa de galeria foi projetada para o alto. Equipes das concessionárias de energia e gás foram ao local para investigar o acidente
Motociclista passava pelo local quando bueiro explodiu (Domingos Peixoto/Agência o Globo)
Uma ‘tradição’ carioca ressurgiu na tarde desta terça-feira. E em um ponto nobre da cidade: um bueiro explodiu na rua que dá acesso aos fundos o hotel Copacabana Palace, em Copacabana, causando ferimentos ao motociclista Francisco Ferreira Lima, que passava pelo local. A pista da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, paralela à Avenida Atlântica, chegou a ser parcialmente interditada, mas logo foi liberada ao tráfego. Ainda não há informação sobre as causas da explosão.
As concessionárias de energia e gás enviaram equipes ao local para analisar o local do incidente. O trânsito na Avenida Nossa Senhora de Copacabana teve pequenas retenções, mas está normalizado. Foi esta a primeira via a receber o sistema de faixas exclusivas de ônibus na cidade.
Em Copacabana, em abril de 2011, a tampa de um bueiro foi arremessada e atingiu um táxi, deixando cinco pessoas feridas. A repetição desse tipo de problema – no ano passado houve 15 explosões – levou o Ministério Público do Estado do Rio a firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com as empresas que operam serviços através das galerias subterrâneas. As empresas devem pagar 100 mil reais a cada ocorrência que provoque morte, ferimento ou dano envolvendo bueiros. As empresas mais afetadas são a Light, que fornece energia para a capital, e a CEG, concessionária de gás.
Tampa de galeria foi projetada para o alto. Equipes das concessionárias de energia e gás foram ao local para investigar o acidente
Motociclista passava pelo local quando bueiro explodiu (Domingos Peixoto/Agência o Globo)
Uma ‘tradição’ carioca ressurgiu na tarde desta terça-feira. E em um ponto nobre da cidade: um bueiro explodiu na rua que dá acesso aos fundos o hotel Copacabana Palace, em Copacabana, causando ferimentos ao motociclista Francisco Ferreira Lima, que passava pelo local. A pista da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, paralela à Avenida Atlântica, chegou a ser parcialmente interditada, mas logo foi liberada ao tráfego. Ainda não há informação sobre as causas da explosão.
As concessionárias de energia e gás enviaram equipes ao local para analisar o local do incidente. O trânsito na Avenida Nossa Senhora de Copacabana teve pequenas retenções, mas está normalizado. Foi esta a primeira via a receber o sistema de faixas exclusivas de ônibus na cidade.
Em Copacabana, em abril de 2011, a tampa de um bueiro foi arremessada e atingiu um táxi, deixando cinco pessoas feridas. A repetição desse tipo de problema – no ano passado houve 15 explosões – levou o Ministério Público do Estado do Rio a firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com as empresas que operam serviços através das galerias subterrâneas. As empresas devem pagar 100 mil reais a cada ocorrência que provoque morte, ferimento ou dano envolvendo bueiros. As empresas mais afetadas são a Light, que fornece energia para a capital, e a CEG, concessionária de gás.
Lula teve despesas pagas pelo mensalão.
Operador do esquema afirmou que fez depósitos para empresa do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy. Lula também teria dado 'ok' a empréstimos do PT
TEORIA DA CONSPIRAÇÃO - Lula e Valério: as revelações seriam uma tentativa de “golpe das elites” com a participação dos ministros do Supremo (Juliana Knobbel/Frame/Folhapress e Cristiano Mariz)
O empresário Marcos Valério, o operador financeiro do mensalão, afirmou em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República em 24 de setembro que dinheiro do esquema foi utilizado em 2003 para pagar despesas pessoais do então presidente Lula. A revelação aparece em reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo. O depoimento foi dado após Valério ter sido condenado a 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o jornal, Valério disse que os valores foram depositados na conta da empresa do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy, conhecido como o "faz-tudo" de Lula na época. O empresário declarou ainda que o ex-presidente deu "ok" para o PT tomar empréstimos com os bancos BMG e Rural para pagar deputados da base aliada. O aval teria sido dado em um reunião no Palácio do Planalto, que teve a presença do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, ambos também condenados pelo STF.
Na ocasião, Dirceu teria dito que Delúbio negociava em seu nome e no de Lula – o ex-ministro teria autorizado inicialmente pegar um empréstimo de 10 milhões de reais e, depois, mais 12 milhões. Além disso, conforme a reportagem do jornal, Marcos Valério também afirma no depoimento que Lula e o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palloci, negociaram com a Portugal Telecom no Palácio do Planalto o repasse de 7 milhões de reais para o PT – dinheiro que, segundo Valério, foi recebido por suas empresas de publicidade.
Segredos – Com a certeza de que iria para a cadeia, o empresário mineiro começou a revelar os segredos do mensalão em meados de setembro, como antecipou VEJA. E troca de seu silêncio, Valério disse que recebeu garantias do PT de que sua punição seria amena. Já sabendo que isso não se confirmaria no Supremo – que o condenou a mais de 40 anos por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro – e, afirmando temer por sua vida, ele declarou que Lula "comandava tudo" e era "o chefe" do esquema.
Pouco depois, o operador financeiro do mensalão enviou, por meio de seus advogados, um fax ao STF declarando que estava disposto a contar tudo o que sabe. Então, no início de novembro, nova reportagem de VEJA mostrou que o empresário depôs à Procuradoria-Geral da República na tentativa de obter um acordo de delação premiada – um instrumento pelo qual o envolvido em um crime presta informações sobre ele, em troca de benefícios. Pela primeira vez, ele informou ter detalhes sobre outro caso escabroso envolvendo o PT: o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002.
Valério disse que Lula e seu braço-direito, o atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estavam sendo extorquidos por figuras ligadas ao crime de Santo André, em especial o empresário Ronan Maria Pinto, apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de cobrança de propina na prefeitura. Procurado por petistas para pagar o dinheiro da chantagem, Marcos Valério contou que recusou: "Nisso aí, eu não me meto", disse. Segundo ele, quem acertou a questão foi um amigo pessoal de Lula, utilizando-se de um banco não citado no esquema do mensalão.
Procurados por O Estado de S. Paulo, José Dirceu e Antônio Palocci negaram a existência das reuniões no Planalto. Freud Godoy não se manifestou. Em viagem à França, onde acompanha a presidente Dilma Rousseff, Lula evitou falar com a imprensa e, segundo o jornal, não foi encontrado para comentar as acusações. ( Fonte : Veja )
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Número de denúncias de violação dos direitos humanos cresce 77% em 2012.
Foram registradas 155 mil denúncias de janeiro a novembro contra 87 mil no mesmo período de 2011.
O número de denúncias de violações de direitos humanos, feitas por meio do Disque 100, alcançou 155.336 de janeiro a novembro deste ano. Os registros representam aumento de 77% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram registradas 87.764 denúncias. Ao todo, considerando também as ligações com pedidos de orientações e de informações, foram feitos, de janeiro a novembro de 2012, 234.839 atendimentos.
Abuso de força policial: Brasil é denunciado na ONU por violar direitos humanos .
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, responsável pelo serviço, para marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Para a ministra Maria do Rosário, o aumento nos números ocorreu porque a população percebeu que o serviço é confiável. "Se a população não percebesse que há resultados e que a rede de acolhimento e de encaminhamento está melhorando, não continuaria denunciando por meio do serviço", disse.
Anistia Internacional: São Paulo é negligente no combate à onda de violência
Ela destacou, no entanto, que o incremento não significa, necessariamente, aumento dos casos de violência no país, mas indica que as violações de direitos humanos "não ficam mais invisíveis". "Isso comprova que o Brasil se importa e que qualquer pessoa que sofra uma situação desse tipo sabe que não é justo e que ela pode denunciar", acrescentou.
A ministra ressaltou que as denúncias são importantes porque as vítimas precisam de atendimento e porque elas contribuem para que os agressores não fiquem impunes. Maria do Rosário enfatizou que nenhuma denúncia fica "esquecida no sistema" e que todas são encaminhadas a autoridades locais da rede de assistência, como conselhos tutelares – no caso de violações contra crianças, ministérios públicos e órgãos de segurança pública.
Desde maio de 2003, quando o serviço passou a ser operacionalizado pelo governo federal, o Disque 100 recebeu e encaminhou 396.693 denúncias em todo o país.( IG )
O número de denúncias de violações de direitos humanos, feitas por meio do Disque 100, alcançou 155.336 de janeiro a novembro deste ano. Os registros representam aumento de 77% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram registradas 87.764 denúncias. Ao todo, considerando também as ligações com pedidos de orientações e de informações, foram feitos, de janeiro a novembro de 2012, 234.839 atendimentos.
Abuso de força policial: Brasil é denunciado na ONU por violar direitos humanos .
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, responsável pelo serviço, para marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Para a ministra Maria do Rosário, o aumento nos números ocorreu porque a população percebeu que o serviço é confiável. "Se a população não percebesse que há resultados e que a rede de acolhimento e de encaminhamento está melhorando, não continuaria denunciando por meio do serviço", disse.
Anistia Internacional: São Paulo é negligente no combate à onda de violência
Ela destacou, no entanto, que o incremento não significa, necessariamente, aumento dos casos de violência no país, mas indica que as violações de direitos humanos "não ficam mais invisíveis". "Isso comprova que o Brasil se importa e que qualquer pessoa que sofra uma situação desse tipo sabe que não é justo e que ela pode denunciar", acrescentou.
A ministra ressaltou que as denúncias são importantes porque as vítimas precisam de atendimento e porque elas contribuem para que os agressores não fiquem impunes. Maria do Rosário enfatizou que nenhuma denúncia fica "esquecida no sistema" e que todas são encaminhadas a autoridades locais da rede de assistência, como conselhos tutelares – no caso de violações contra crianças, ministérios públicos e órgãos de segurança pública.
Desde maio de 2003, quando o serviço passou a ser operacionalizado pelo governo federal, o Disque 100 recebeu e encaminhou 396.693 denúncias em todo o país.( IG )
Ao lado do ex-presidente Lula, Rose conheceu 24 países.
Ex-chefe de gabinete da Presidência em SP era figura constante em comitivas presidenciais até 2011. Em uma das viagens, negociou indicação da filha à Anac.
Indiciada pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema de tráfico de influência e venda de pareceres técnicos no governo federal, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, a Rose, era presença constante nas comitivas presidenciais durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para se ter uma ideia, ela conheceu, ao lado de Lula, 24 países entre os anos de 2003 e 2010. É o que mostra levantamento da ONG Contas Abertas divulgado nesta terça-feira. A partir de 2011, ano em que Dilma Rousseff assumiu a Presidência, Rose fez apenas uma viagem com as despesas pegas pela União: a Brasília, em setembro deste ano.
Foi justamente em uma das viagens ao lado de Lula que Rose negociou com o ex-presidente a nomeação de sua filha, Mirelle, para um cargo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Tanto a viagem não oficializada quanto a negociação do cargo para a filha estão registrados em e-mails interceptados pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, deflagrada na sexta-feira.
A operação derrubou Rosemary e Mirelle de seus cargos na administração pública. A filha pediu exoneração nesta segunda-feira. Rosemary foi demitida no sábado, depois de ser indiciada pelo seu envolvimento com os irmãos Paulo e Rubens Vieira, presos provisoriamente e indiciados por utilizar seus cargos de hierarquia elevada em agências reguladoras para fraudar procedimentos e promover negócios escusos.
De acordo com o levantamento, o ano em que Rose viajou ao maior número de localidades foi 2009. A ex-assessora esteve em missões oficiais com o presidente ou o vice-presidente na Alemanha, Portugal, França, Grã-Bretanha, Catar, El Salvador, Guatemala, Costa Rica, Paraguai, Ucrânia e Venezuela. Nesse ano, Rosemary recebeu 13.300 reais em diárias.
Em 2008, viagens presidenciais levaram Rosemary a Gana, Peru, Espanha, Portugal, El Salvador e Cuba: 9.500 reais foram pagos em diárias nesse exercício. Já em 2010, os valores das diárias chegaram a 15.000 reais. Apesar do montante, apenas sete países foram visitados: México, Cuba, El Salvador, Rússia, Portugal, Moçambique e Coréia do Sul. Também está na lista da “volta ao mundo” de Rose a Bélgica.
Rose usava o nome de Lula para fazer tráfico de influência, indicam escutas telefônicas feitas pela PF durante a Operação Porto Seguro. A investigação da PF começou há mais de um ano. Rosemary foi flagrada negociando suborno em dinheiro e favores, como uma viagem de cruzeiro (que ela depois reclamou não ser luxuoso o suficiente) e até uma cirurgia plástica. Na última conversa dela gravada antes da deflagração da operação, a ex-assistente de Lula pediu 650 000 reais pelos serviços prestados.
Segundo a investigação, o papel dela era fazer a ponte entre empresas que queriam comprar pareceres fraudulentos de órgãos do governo e as pessoas do governo que poderiam viabilizar a emissão dos documentos. Rosemary foi nomeada por Lula para esse cargo em 2005 e, desde então, esteve muito próxima ao petista.
O fato de assessorar o ex-presidente fez com que ela própria se tornasse uma pessoa politicamente articulada. Assim, foi capaz de influir na nomeação de homens do alto escalão de agências do governo, como os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ambos presos pela PF.( Veja )
Rose foi a única chefe indicada por Lula que Dilma manteve.
Rosemary Nóvoa só foi demitida após operação da Polícia Federal revelar que ela usava cargo de chefe de gabinete para fazer tráfico de influência.
Próxima de Lula, Rose ocupava desde 2009 um cargo com salário de 11 200 reais (AE e Reuters)
Rosemary Nóvoa de Noronha, uma das personagens centrais do esquema de corrupção desarticulado pela Operação Porto Seguro, foi a única funcionária não concursada da Presidência mantida em cargo de chefia após a transição de poder entre Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Próxima de Lula, Rose, como era conhecida, ocupava desde 2009 um cargo DAS 6 – reservado a secretários, chefes e diretores de departamento, com salários na faixa de 11 200 reais. Rose foi demitida há 15 dias, após a operação da Polícia Federal (PF).
O levantamento sobre os 6.515 servidores federais não concursados que estão em postos de livre nomeação (DAS) mostra que, quanto maior a importância e a remuneração do cargo, menor é a taxa de "sobrevivência" dos remanescentes da gestão Lula – tanto no âmbito da Presidência quanto em ministérios. É nos cargos DAS – sigla de "Direção e Assessoramento Superior" – que se acomodam a maioria dos servidores indicados por partidos políticos.
No caso dos salários mais elevados, de 8.988 a 11.179 reais, não há cota mínima de concursados. São esses postos os mais visados. Mesmo nesses casos, porém, os servidores de carreira são maioria: 60% entre os DAS 6 e 68% entre os DAS 5.
Os dados do Portal da Transparência do governo mostram que, em relação ao começo da gestão, Dilma ampliou o número de cargos DAS (de cerca de 21.700 para 22.300), mas, ao mesmo tempo, reduziu o número de não concursados que os ocupam (de 6.689 para 6.515).( Veja )
Próxima de Lula, Rose ocupava desde 2009 um cargo com salário de 11 200 reais (AE e Reuters)
Rosemary Nóvoa de Noronha, uma das personagens centrais do esquema de corrupção desarticulado pela Operação Porto Seguro, foi a única funcionária não concursada da Presidência mantida em cargo de chefia após a transição de poder entre Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Próxima de Lula, Rose, como era conhecida, ocupava desde 2009 um cargo DAS 6 – reservado a secretários, chefes e diretores de departamento, com salários na faixa de 11 200 reais. Rose foi demitida há 15 dias, após a operação da Polícia Federal (PF).
O levantamento sobre os 6.515 servidores federais não concursados que estão em postos de livre nomeação (DAS) mostra que, quanto maior a importância e a remuneração do cargo, menor é a taxa de "sobrevivência" dos remanescentes da gestão Lula – tanto no âmbito da Presidência quanto em ministérios. É nos cargos DAS – sigla de "Direção e Assessoramento Superior" – que se acomodam a maioria dos servidores indicados por partidos políticos.
No caso dos salários mais elevados, de 8.988 a 11.179 reais, não há cota mínima de concursados. São esses postos os mais visados. Mesmo nesses casos, porém, os servidores de carreira são maioria: 60% entre os DAS 6 e 68% entre os DAS 5.
Os dados do Portal da Transparência do governo mostram que, em relação ao começo da gestão, Dilma ampliou o número de cargos DAS (de cerca de 21.700 para 22.300), mas, ao mesmo tempo, reduziu o número de não concursados que os ocupam (de 6.689 para 6.515).( Veja )
sábado, 8 de dezembro de 2012
PF , em atitude estranha, encerra operação sobre agências em prazo recorde.
A Polícia Federal entregou ontem à Justiça o relatório final da Operação Porto Seguro, que apura tráfico de influência e venda de pareceres de órgãos do governo. A entrega encerra a investigação da PF.
O caso provocou repercussão porque envolve Rosemary Noronha. Ela foi indicada em 2005 pelo então presidente Lula para a chefia de gabinete da Presidência em São Paulo e mantida por Dilma Rousseff. Também foram investigados diretores de agências da reguladoras da União.
O superintendente da PF em São Paulo, Roberto Troncon Filho, havia previsto há uma semana que o relatório final só ficaria pronto entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Para este ano, segundo Troncon, só haveria um relatório parcial.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia previsto um prazo menor ao depor no Congresso na última quarta-feira: de até 20 dias.
O prazo legal para a entrega do relatório final é de 15 dias quando há réus presos, o caso da Porto Seguro.
É a primeira vez desde 2003 que a PF em São Paulo conclui o relatório final no prazo de duas semanas em operações dessa complexidade.
O inquérito da operação, aberto em março de 2011, tem cerca de 4.000 páginas.
Normalmente, o delegado pede mais prazo para analisar o material recolhido. Na Porto Seguro, houve buscas no escritório e na casa de 18 investigados no dia 23.Não houve tempo de analisar o material apreendido. A análise pode resultar no pedido de novos inquéritos.
O delegado Ricardo Hiroshi, titular da investigação, disse a advogados dos investigados que finalizaria o relatório ontem por pressão da juíza federal Adriana Freisleben de Zanetti.
A juíza disse que " pediu a entrega, porque hoje [ontem] vence o prazo legal". Questionada se houve pressão política para a conclusão, ela afirmou: "O juiz jamais se sujeita a pressão, seja lá de onde vier".
Cinco advogados ouvidos sob condição de anonimato consideram o prazo inusual. O delegado pode pedir no relatório final a abertura de novos inquéritos. O procuradora Suzana Fairbanks também pode pedir novas apurações.
A PF não quis se manifestar sobre as razões do prazo. Policiais ouvidos pela Folha dizem que já havia provas suficientes para caracterizar os crimes dos investigados.
A entrega rápida do relatório segue uma estratégia, segundo esses policias: a de obter uma decisão judicial célere em vez de ampliar o leque da investigação.
Em operações recentes, como a que prendeu Carlos Cachoeira, a PF entregou o relatório em 15 dias e pediu a abertura de mais inquéritos.
O inquérito foi encerrado um dia após o advogado Celso Vilardi ter pedido para apurar se houve quebra de sigilo em e-mails pessoais de Rose. Ele acha que houve invasão de privacidade.
O caso provocou repercussão porque envolve Rosemary Noronha. Ela foi indicada em 2005 pelo então presidente Lula para a chefia de gabinete da Presidência em São Paulo e mantida por Dilma Rousseff. Também foram investigados diretores de agências da reguladoras da União.
O superintendente da PF em São Paulo, Roberto Troncon Filho, havia previsto há uma semana que o relatório final só ficaria pronto entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Para este ano, segundo Troncon, só haveria um relatório parcial.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia previsto um prazo menor ao depor no Congresso na última quarta-feira: de até 20 dias.
O prazo legal para a entrega do relatório final é de 15 dias quando há réus presos, o caso da Porto Seguro.
É a primeira vez desde 2003 que a PF em São Paulo conclui o relatório final no prazo de duas semanas em operações dessa complexidade.
O inquérito da operação, aberto em março de 2011, tem cerca de 4.000 páginas.
Normalmente, o delegado pede mais prazo para analisar o material recolhido. Na Porto Seguro, houve buscas no escritório e na casa de 18 investigados no dia 23.Não houve tempo de analisar o material apreendido. A análise pode resultar no pedido de novos inquéritos.
O delegado Ricardo Hiroshi, titular da investigação, disse a advogados dos investigados que finalizaria o relatório ontem por pressão da juíza federal Adriana Freisleben de Zanetti.
A juíza disse que " pediu a entrega, porque hoje [ontem] vence o prazo legal". Questionada se houve pressão política para a conclusão, ela afirmou: "O juiz jamais se sujeita a pressão, seja lá de onde vier".
Cinco advogados ouvidos sob condição de anonimato consideram o prazo inusual. O delegado pode pedir no relatório final a abertura de novos inquéritos. O procuradora Suzana Fairbanks também pode pedir novas apurações.
A PF não quis se manifestar sobre as razões do prazo. Policiais ouvidos pela Folha dizem que já havia provas suficientes para caracterizar os crimes dos investigados.
A entrega rápida do relatório segue uma estratégia, segundo esses policias: a de obter uma decisão judicial célere em vez de ampliar o leque da investigação.
Em operações recentes, como a que prendeu Carlos Cachoeira, a PF entregou o relatório em 15 dias e pediu a abertura de mais inquéritos.
O inquérito foi encerrado um dia após o advogado Celso Vilardi ter pedido para apurar se houve quebra de sigilo em e-mails pessoais de Rose. Ele acha que houve invasão de privacidade.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Justiça Federal proíbe a veiculação de comerciais de cerveja antes das 21 h.
A Justiça Federal em Santa Catarina aceitou uma ação do Ministério Público Federal e determinou a proibição da veiculação de comerciais de cerveja, vinho e demais bebidas com o ter alcoólico superior a 0,5 grau por litro, entre 6h e 21h, em rádios e emissoras de televisão.
A decisão ainda impede que as propagandas associem a bebida a esportes olímpicos ou de competição, a desempenho saudável de qualquer atividade, a condução de veículos e a imagens ou ideias de maior êxito ou sexualidade dos consumidores.
As mesmas restrições já valiam para o tabaco e bebidas com 13 ou mais graus de teor alcoólico --faixa que atinge principalmente destilados, como cachaça, vodca, conhaque, entre outros.
A decisão obriga a União e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), rés da ação, a aplicar as restrições às propagandas. No caso de descumprimento da regra, será aplicada uma multa diária de R$ 50 mil.
Na ação, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de Santa Catarina --órgão pertencente ao MPF-- sustentou que a publicidade de bebidas alcoólicas é nociva pois induz ao consumo de álcool principalmente por crianças e adolescentes, além de causar prejuízos à saúde da população e elevado custo ao SUS (Sistema Único de Saúde).
A decisão ainda impede que as propagandas associem a bebida a esportes olímpicos ou de competição, a desempenho saudável de qualquer atividade, a condução de veículos e a imagens ou ideias de maior êxito ou sexualidade dos consumidores.
As mesmas restrições já valiam para o tabaco e bebidas com 13 ou mais graus de teor alcoólico --faixa que atinge principalmente destilados, como cachaça, vodca, conhaque, entre outros.
A decisão obriga a União e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), rés da ação, a aplicar as restrições às propagandas. No caso de descumprimento da regra, será aplicada uma multa diária de R$ 50 mil.
Na ação, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de Santa Catarina --órgão pertencente ao MPF-- sustentou que a publicidade de bebidas alcoólicas é nociva pois induz ao consumo de álcool principalmente por crianças e adolescentes, além de causar prejuízos à saúde da população e elevado custo ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Exame reprova 54% dos futuros médicos de São Paulo. Quem são os verdadeiros culpados?
Mais da metade dos quase 2.500 estudantes de medicina que se formam neste ano no Estado de São Paulo não possui condições mínimas para atender a população.
A avaliação é do conselho paulista de médicos, que reprovou 54,5% dos alunos no exame da entidade deste ano, o primeiro obrigatório para tirar o registro profissional.
Não ser aprovado no exame não é impeditivo para o exercício da profissão.
A prova teve a maior participação desde 2005, quando passou a ser aplicada. Em 2011, quando não era obrigatória, 418 alunos a fizeram.
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) considera reprovado quem acerta menos de 60% da prova, de 120 questões. "Esses profissionais terão grandes problemas ao atender a população", afirma Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp.
Apesar da ameaça de boicote por recém-formados, apenas 119 provas foram desconsideradas no resultado final porque estão sob análise. Dessas, 86 foram classificadas como protesto, pois nelas foi marcada somente a alternativa "B" das questões.
Não haverá a divulgação de ranking de universidades com os melhores resultados, mas as instituições e o Ministério da Educação vão ter acesso aos resultados.
As notas individuais também não serão de acesso público -só quem fez o exame vai conhecer sua nota.
As restrições à divulgação dos resultados, segundo o conselho, fazem parte do acordo com as 28 instituições de ensino paulistas. Para o Cremesp, não cabe a ele avaliar faculdades, mas contribuir para a formação dos alunos.
Egressos de escolas públicas tiveram acertos superiores aos de escolas privadas. Apesar de não divulgar o percentual, o conselho informou que a maioria dos aprovados é de sete escolas públicas.
Marina Helena Teixeira, 24, formou-se agora pela Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) e fez a prova do Cremesp, pois pretende tirar o seu registro em São Paulo.
"Serve para saber se você está preparado para fazer prova e não para dizer se fez um bom curso. As questões eram sobre detalhes. É mais para quem fez cursinho para residência, mais 'decoreba'."
Em cinco das nove áreas, como saúde mental e pediatria, a média de acertos ficou abaixo de 56%, o que foi considerado "muito preocupante".
O Cremesp atribui parte da qualidade ruim dos estudantes ao grande número de escolas de medicina e defende uma lei que controle a abertura de mais instituições.
A avaliação é do conselho paulista de médicos, que reprovou 54,5% dos alunos no exame da entidade deste ano, o primeiro obrigatório para tirar o registro profissional.
Não ser aprovado no exame não é impeditivo para o exercício da profissão.
A prova teve a maior participação desde 2005, quando passou a ser aplicada. Em 2011, quando não era obrigatória, 418 alunos a fizeram.
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) considera reprovado quem acerta menos de 60% da prova, de 120 questões. "Esses profissionais terão grandes problemas ao atender a população", afirma Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp.
Apesar da ameaça de boicote por recém-formados, apenas 119 provas foram desconsideradas no resultado final porque estão sob análise. Dessas, 86 foram classificadas como protesto, pois nelas foi marcada somente a alternativa "B" das questões.
Não haverá a divulgação de ranking de universidades com os melhores resultados, mas as instituições e o Ministério da Educação vão ter acesso aos resultados.
As notas individuais também não serão de acesso público -só quem fez o exame vai conhecer sua nota.
As restrições à divulgação dos resultados, segundo o conselho, fazem parte do acordo com as 28 instituições de ensino paulistas. Para o Cremesp, não cabe a ele avaliar faculdades, mas contribuir para a formação dos alunos.
Egressos de escolas públicas tiveram acertos superiores aos de escolas privadas. Apesar de não divulgar o percentual, o conselho informou que a maioria dos aprovados é de sete escolas públicas.
Marina Helena Teixeira, 24, formou-se agora pela Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) e fez a prova do Cremesp, pois pretende tirar o seu registro em São Paulo.
"Serve para saber se você está preparado para fazer prova e não para dizer se fez um bom curso. As questões eram sobre detalhes. É mais para quem fez cursinho para residência, mais 'decoreba'."
Em cinco das nove áreas, como saúde mental e pediatria, a média de acertos ficou abaixo de 56%, o que foi considerado "muito preocupante".
O Cremesp atribui parte da qualidade ruim dos estudantes ao grande número de escolas de medicina e defende uma lei que controle a abertura de mais instituições.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Biografia de Célio Lupparelli , lida pelo Vereador Alexandre Cerruti , durante a entrega da Medalha Pedro Ernesto, no plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no dia 04/12/2012.
Célio Cesar Lupparelli faria , filho de Palmerino Faria e Irene Lupparelli Faria , nasceu em 24 de abril de 1947 , na Policlínica Geral do Rio de Janeiro , na Avenida Nilo Peçanha , 38 , Castelo, Rio de Janeiro - RJ. Viveu, desde sua infãncia até o ano de 1977 na Rua Francisca Salles, 677 , Freguesia , Jacarepaguá. Em seguida , mudou de domicílio para Travessa Pinto Telles ,260 ,Praça Seca ,onde reside até a presente data.
Cursou o Primário ( 1954 - 1958 ) na Escola Municipal Virgílio Vázea , no Pechincha ; o Ginásio ( 1959 - 1962) e o Científico( 1963-1965) , no Colégio Arte e Instrução , em Cascadura , sempre com destaque , sendo um dos primeiros alunos de turma.
Formado em História Natural ( Biologia) pela Universidade do Estado da Guanabara ( 1966-1969 ) ; em Medicina pela Universidade Federal Fluminense ( 1981 ) ; em Pedagogia nas Modalidades Administração e Supervisão Escolar , pela Universidade castelo Branco e , hoje , cursa Direito ( oitavo período ) . Concluiu o Curso de língua Italiana , por meio de bolsa conferida pelo Consulado da Itália , em razão de sua relação com aquele País , por via materna.
Ingressou no Serviço Público ,por meio de aprovação em dois concursos, nos anos de 1973 e 1974 , como professor de Ciências Físicas e Biológicas , ficando lotado como regente de turma na Escola Municipal Alexandre Farah.
Foi professor durante 44 anos , incluindo escolas das redes pública e privada , entre as quais , além da já citada , os colégios Dalila Gonçalves ( Tanque ) , Atlas ( Tijuca ) , ADN ( Tijuca ) , IBE ( Méier ) , Miguel Couto Bahiense ( Méier ) , GPI ( Cascadura e Madureira ) , Alcãntara ( Cordovil ) , Oscar Tenório ( Marechal Hermes ) , Presidente Castelo Branco ( Mesquita) , Itália ( Rocha Miranda ) , Dalila Gonçalves ( Freguesia ) , Borges Hermida ( Praça Seca ) e Pentágono ( Valqueire ).
Foi Coordenador e Supervisor Escolar do Colégio Arte e Instrução. Foi diretor das escolas Municipais Alexandre Farah e Comandante Arnaldo Varella,por quase 20 anos.
Em 1972 , venceu o Prêmio Air France de viagem como Professor do Ano , título conferido pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia do Estado da Guanabara. No mesmo ano , em Maringá , Paraná , recebeu o título de segundo melhor professor de Ciências do Brasil , prêmio conferido pela secretaria Municipal de Maringá.
Oficializou a Semana de Jacarepaguá , para elevar a autoestima dos moradores do bairro, promovendo eventos durante dois anos consecutivos com grande sucesso.
Organizou diversas feiras de ciências intraescolares e interescolares , além de mostras de artes. Promoveu , em 1980 , o levantamento social , econômico e cultural nas regiões de Ricardo de Albuquerque e Anchieta , mas o estudo foi abandionado pelas autoridades da época.
É um dos fundadores do centro Cultural professora Dyla de Sá , na Praça Seca, um dos melhores do Rio.
Criou o primeiro núcleo de atendimento ao pessoal da Terceira Idade na Administração Regional de Jacarepaguá , com o objetivo de descentyralizar o atendimento.
Promoveu mutirões de combate à dengue em Jacarepaguá.
Foi Administrador Regional de Jacarepaguá , Secretário da SECRA , Secretário de Governo do Município do Rio de Janeiro , Vereador e Secretário de Meio Ambiente do Município do Rio de Janeiro.
Foi Presidente do Conselho do Clube Olímpico de Jacarepaguá , por dois mandatos de três anos cada. Foi membro do Conselho Deliberativo do Jacarepaguá Tênis Clube. Foi Diretor de Esportes do Clube Olímpico de Jacarepaguá. É Membro do Rotary Valqueire.
Na gestão do ex-prefeito César Maia , conseguiu a Construção da Vila Olímpica do Mato Alto , a Lona Cultural do Pechincha ( Barro Vermelho) , a construção do Parque Urbano Pinto Telles ( Praça Seca ) , a Criação da Subgerência da Comlurb na Praça Seca , as refromas dos prédios das Igrejas de Nossa Senhora do Loreto ( Freguesia ) e Nossa Senhora dos Remédios ( na Colônia Juliano Moreira ) , a reforma da Praça Seca , e a disponibilização do projetos e dos recursos para a Construção do Plano inclinado da Igreja da Penna ( Freguesia ) que está em fase de construção.
Trabalhou como médico voluntário durante três anos nos postos de saúde do Tanque e em Vargem Grande.
É autor de dois livros : O Brasil tem jeito ? ( Volume 1 ) e O Brasil tem jeito ? ( volume 2 ).
Mas , de todas as realizações do professor Célio Lupparelli , a mais importante foi no campo da Educação , pois várias gerações tiveram a sua formação influenciada por seus exemplos de vida com ética , moral , competência e sabedoria. Os prédios podem ser implodidos , mas os ensinamentos que se internalizam nas crianças e nos jovens não podem ser destruidos por mãos humanas. A vida de Célio Lupparelli é uma vida dedicada aos seres humanos e se notabiliza pela sua presença na EDUCAÇÃO.
Tricolor , desde 40 minutos antes do Nada , como dizia o saudoso dramaturgo Nélson Rodrigues , está vibrando com o tetracampeonato do Fluminense Futebol Clube , do qual foi sócio por muitos anos e continua torcedor de arquibancada.
Cursou o Primário ( 1954 - 1958 ) na Escola Municipal Virgílio Vázea , no Pechincha ; o Ginásio ( 1959 - 1962) e o Científico( 1963-1965) , no Colégio Arte e Instrução , em Cascadura , sempre com destaque , sendo um dos primeiros alunos de turma.
Formado em História Natural ( Biologia) pela Universidade do Estado da Guanabara ( 1966-1969 ) ; em Medicina pela Universidade Federal Fluminense ( 1981 ) ; em Pedagogia nas Modalidades Administração e Supervisão Escolar , pela Universidade castelo Branco e , hoje , cursa Direito ( oitavo período ) . Concluiu o Curso de língua Italiana , por meio de bolsa conferida pelo Consulado da Itália , em razão de sua relação com aquele País , por via materna.
Ingressou no Serviço Público ,por meio de aprovação em dois concursos, nos anos de 1973 e 1974 , como professor de Ciências Físicas e Biológicas , ficando lotado como regente de turma na Escola Municipal Alexandre Farah.
Foi professor durante 44 anos , incluindo escolas das redes pública e privada , entre as quais , além da já citada , os colégios Dalila Gonçalves ( Tanque ) , Atlas ( Tijuca ) , ADN ( Tijuca ) , IBE ( Méier ) , Miguel Couto Bahiense ( Méier ) , GPI ( Cascadura e Madureira ) , Alcãntara ( Cordovil ) , Oscar Tenório ( Marechal Hermes ) , Presidente Castelo Branco ( Mesquita) , Itália ( Rocha Miranda ) , Dalila Gonçalves ( Freguesia ) , Borges Hermida ( Praça Seca ) e Pentágono ( Valqueire ).
Foi Coordenador e Supervisor Escolar do Colégio Arte e Instrução. Foi diretor das escolas Municipais Alexandre Farah e Comandante Arnaldo Varella,por quase 20 anos.
Em 1972 , venceu o Prêmio Air France de viagem como Professor do Ano , título conferido pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia do Estado da Guanabara. No mesmo ano , em Maringá , Paraná , recebeu o título de segundo melhor professor de Ciências do Brasil , prêmio conferido pela secretaria Municipal de Maringá.
Oficializou a Semana de Jacarepaguá , para elevar a autoestima dos moradores do bairro, promovendo eventos durante dois anos consecutivos com grande sucesso.
Organizou diversas feiras de ciências intraescolares e interescolares , além de mostras de artes. Promoveu , em 1980 , o levantamento social , econômico e cultural nas regiões de Ricardo de Albuquerque e Anchieta , mas o estudo foi abandionado pelas autoridades da época.
É um dos fundadores do centro Cultural professora Dyla de Sá , na Praça Seca, um dos melhores do Rio.
Criou o primeiro núcleo de atendimento ao pessoal da Terceira Idade na Administração Regional de Jacarepaguá , com o objetivo de descentyralizar o atendimento.
Promoveu mutirões de combate à dengue em Jacarepaguá.
Foi Administrador Regional de Jacarepaguá , Secretário da SECRA , Secretário de Governo do Município do Rio de Janeiro , Vereador e Secretário de Meio Ambiente do Município do Rio de Janeiro.
Foi Presidente do Conselho do Clube Olímpico de Jacarepaguá , por dois mandatos de três anos cada. Foi membro do Conselho Deliberativo do Jacarepaguá Tênis Clube. Foi Diretor de Esportes do Clube Olímpico de Jacarepaguá. É Membro do Rotary Valqueire.
Na gestão do ex-prefeito César Maia , conseguiu a Construção da Vila Olímpica do Mato Alto , a Lona Cultural do Pechincha ( Barro Vermelho) , a construção do Parque Urbano Pinto Telles ( Praça Seca ) , a Criação da Subgerência da Comlurb na Praça Seca , as refromas dos prédios das Igrejas de Nossa Senhora do Loreto ( Freguesia ) e Nossa Senhora dos Remédios ( na Colônia Juliano Moreira ) , a reforma da Praça Seca , e a disponibilização do projetos e dos recursos para a Construção do Plano inclinado da Igreja da Penna ( Freguesia ) que está em fase de construção.
Trabalhou como médico voluntário durante três anos nos postos de saúde do Tanque e em Vargem Grande.
É autor de dois livros : O Brasil tem jeito ? ( Volume 1 ) e O Brasil tem jeito ? ( volume 2 ).
Mas , de todas as realizações do professor Célio Lupparelli , a mais importante foi no campo da Educação , pois várias gerações tiveram a sua formação influenciada por seus exemplos de vida com ética , moral , competência e sabedoria. Os prédios podem ser implodidos , mas os ensinamentos que se internalizam nas crianças e nos jovens não podem ser destruidos por mãos humanas. A vida de Célio Lupparelli é uma vida dedicada aos seres humanos e se notabiliza pela sua presença na EDUCAÇÃO.
Tricolor , desde 40 minutos antes do Nada , como dizia o saudoso dramaturgo Nélson Rodrigues , está vibrando com o tetracampeonato do Fluminense Futebol Clube , do qual foi sócio por muitos anos e continua torcedor de arquibancada.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Homenagem que recebi na Câmara Municipal do Rio de Janeiro- A Medalha Pedro Ernesto.
Discurso que proferi, ontem, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, durante a cerimônia em que recebi a MEDALHA PEDRO ERNESTO, por indicação do Vereador Alexandre Cerruti, aprovada na Centésima Primeira Sessão Ordinária, em 27/11/12 e publicada em 06/12/2012 .
Ilustríssimo Senhor Presidente da Mesa , Vereador Alexandre Cerruti,
Ilustríssimo Senhor professor Izaias do Nascimento,
Ilustríssimo Senhor Doutor Paulo Melo,
Ilustríssima Senhora professora Vilma Gomes Macedo,
Ilustríssimo Senhor Odair Santana,
Ilustríssimo Senhor Professor Paulo Armando Provitina Areal ,
Senhoras e Senhores,
Quis Deus que chegássemos aqui !
Quis Deus que tivéssemos força, sabedoria, equilíbrio, humildade, tolerância, senso crítico e autocontrole para que chegássemos aqui!
Quis Deus que vivêssemos o suficiente para sermos úteis aos que de nós necessitam ; para que respeitássemos as diferenças, as limitações, as intransigências, as capacidades criativas, as divergências, as críticas e as injustiças de cada um ; para que aproveitássemos de tudo um pouco, crescendo em harmonia com os grupos humanos com os quais convivemos há mais de seis décadas.
Quis Deus isso ! Exatamente isso!
Então, não podemos perder a oportunidade de transformar essa nossa assembleia em um encontro pela CONFRATERNIZAÇÃO e pela GRATIDÃO.
Essa não é a reunião da minha história ! Essa é a história de todos nós !
Tudo o que aqui foi dito com emoção reflete a vida de todos os artífices de uma construção exitosa.Depois de tudo isso que aqui se ouviu; depois de todos esses sinceros testemunhos , só me resta agradecer. Mostrar a minha eterna gratidão por vocês participarem ativamente da minha trajetória de vida. MUITO OBRIGADO POR VOCÊS EXISTIREM !
Inicio meus agradecimentos citando meus pais , PALMERINO FARIA e IRENE LUPPARELLI FARIA, e todos os meus familiares, além dos meus vizinhos da Freguesia e da Praça Seca, especialmente os da Travessa Pinto Telles e adjacências.
Tenho que me referir, com apreço, à Escola Municipal Virgílio Várzea, onde cursei o Primário e à professora MARIA LUIZA , a minha primeira professora.
Devo citar, com carinho, os alunos, os professores, os funcionários e os diretores das escolas Comandante Arnaldo Varella( Pavuna ), Alcântara(Cordovil), Dalila Gonçalves( Freguesia), ADN (Tijuca), GPI(Madureira e Cascadura), Atlas(Tijuca), Borges Hermida( Praça Seca), Cultural(Tanque), Oscar Tenório(Marechal Hermes), Miguel Couto Bahiense(Méier), IBE( Méier) e Vocacional(Mesquita) e Itália(Rocha Miranda), por onde passei como regente de turma, coordenador ou diretor.
Quero agradecer ao Colégio Arte e Instrução, onde cursei o Ginásio e o Científico e, para onde , depois de formado Professor de Biologia e Ciências Físicas e Biológicas, retornei como regente de turma, coordenador de turno e supervisor pedagógico. Aqui cabe uma referência especial aos nomes do Dr Ernayde Cardoso, diretor do Colégio, da sua mãe Alayde Cardoso e do seu filho Sidney Cardoso.
Ainda no Colégio Arte e Instrução, quero destacar os meus professores e os meus colegas de turma ( na minha época de aluno), assim como os colegas professores, os inspetores, os serventes e o pessoal da secretaria que me ajudaram a coordenar o colégio.
Desejo mostrar minha gratidão aos companheiros servidores públicos que comigo trabalharam na décima sexta Região Administrativa( Jacarepaguá), na SECRA, na Secretaria Municipal de Governo, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e na Câmara de Vereadores, quando aqui estive.
Não posso deixar de citar a ajuda que tive da Sexta CRE, da Sétima CRE , dos jornais CONDOMÍNIOS EM FOCO e FOLHA GLOBAL além da ACIJA, durante tanto tempo.
É meu dever agradecer aos companheiros do Rotary Valqueire, do Rotary Jacarepaguá, do Lyons Jacarepaguá e do Lyons Valqueire.
Não posso omitir a força que tive dos professores e dos colegas do Curso de Italiano nos anos 90.
É importante destacar a amizade e a troca de experiências com os meus atuais colegas de turma do curso de Direito da Faculdade Estácio no Campus Madureira , bem como o respeito e o estímulo dos professores.
Salutar é frisar a tolerância de meus amigos de pelada de futebol do VERMELHO E BRANCO e do CAMPO DO SETE.
Faço questão de agradecer aos ex-alunos, aos professores, aos funcionários e à Direção do Colégio PENTÁGONO, onde permaneci de 1983 a 2008 , construi um forte laço de amizade e tive um crescimento profissional significativo, bem como o reconhecimento da Família Pentagonal e do seu líder , o professor Paulo Armando.
Não tenho o direito de deixar de agradecer aos ex-alunos, professores, funcionários e companheiros da ESCOLA MUNICIPAL ALEXANDRE FARAH, onde trabalhei por 28 anos e pude conviver com uma equipe laboriosa, unida, competente e responsável por um dos mais respeitáveis desempenhos de uma unidade pública em termos de educação e cidadania.
A Escola Alexandre Farah marcou época e está no coração dos moradores de Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Mariópolis e Guadalupe indubitavelmente. Essa Escola foi e ainda é um exemplo de que o serviço público, se estimulado, atende perfeitamente às expectativas da população.
Quero, ainda, de forma especial, agradecer a todos os que suportam os meus textos críticos publicados nos e-mails, no facebook, no meu Blog e no meu site.Obrigado pela atenção! Obrigado, também , aos que me conferiram o voto para vereador nas eleições de 7 de outubro de 2012.
Um agradecimento especial aos jogadores do Fluminense , campeões cariocas de 1959, ALTAIR e JAIR MARINHO, aqui presentes.
Vereador Cerruti, com tanta gente boa ajudando a carregar e a assentar os tijolos dessa construção de vida, voltada para o BEM COLETIVO e sob a proteção de DEUS, não poderia dar errado!
Com tanta gente com identidade de princípios éticos, morais e religiosos ao nosso lado, essa construção não poderia dar errado!
Vereador Cerruti, esteja certo da nossa GRATIDÃO pela sua iniciativa de nos conferir essa COMENDA, a mais alta homenagem prestada a um Cidadão pela Câmara nessa Cidade. Com esse gesto, geramos esse momento sagrado de CONFRATERNIZAÇÃO, próprio do NATAL e da passagem de ANO.
Vereador Cerruti, Caros Amigos,
Para finalizar esse meu sincero agradecimento, quero usar três frases que sintetizam todo o meu sentimento:
AMIGOS, MUITO OBRIGADO POR VOCÊS EXISTIREM !
MEUS QUERIDOS E SAUDOSOS PAIS , A SUA BÊNÇÃO !
SENHOR DEUS , ESCUTAI AS NOSSAS PRECES!
MUITO OBRIGADO!
Ilustríssimo Senhor Presidente da Mesa , Vereador Alexandre Cerruti,
Ilustríssimo Senhor professor Izaias do Nascimento,
Ilustríssimo Senhor Doutor Paulo Melo,
Ilustríssima Senhora professora Vilma Gomes Macedo,
Ilustríssimo Senhor Odair Santana,
Ilustríssimo Senhor Professor Paulo Armando Provitina Areal ,
Senhoras e Senhores,
Quis Deus que chegássemos aqui !
Quis Deus que tivéssemos força, sabedoria, equilíbrio, humildade, tolerância, senso crítico e autocontrole para que chegássemos aqui!
Quis Deus que vivêssemos o suficiente para sermos úteis aos que de nós necessitam ; para que respeitássemos as diferenças, as limitações, as intransigências, as capacidades criativas, as divergências, as críticas e as injustiças de cada um ; para que aproveitássemos de tudo um pouco, crescendo em harmonia com os grupos humanos com os quais convivemos há mais de seis décadas.
Quis Deus isso ! Exatamente isso!
Então, não podemos perder a oportunidade de transformar essa nossa assembleia em um encontro pela CONFRATERNIZAÇÃO e pela GRATIDÃO.
Essa não é a reunião da minha história ! Essa é a história de todos nós !
Tudo o que aqui foi dito com emoção reflete a vida de todos os artífices de uma construção exitosa.Depois de tudo isso que aqui se ouviu; depois de todos esses sinceros testemunhos , só me resta agradecer. Mostrar a minha eterna gratidão por vocês participarem ativamente da minha trajetória de vida. MUITO OBRIGADO POR VOCÊS EXISTIREM !
Inicio meus agradecimentos citando meus pais , PALMERINO FARIA e IRENE LUPPARELLI FARIA, e todos os meus familiares, além dos meus vizinhos da Freguesia e da Praça Seca, especialmente os da Travessa Pinto Telles e adjacências.
Tenho que me referir, com apreço, à Escola Municipal Virgílio Várzea, onde cursei o Primário e à professora MARIA LUIZA , a minha primeira professora.
Devo citar, com carinho, os alunos, os professores, os funcionários e os diretores das escolas Comandante Arnaldo Varella( Pavuna ), Alcântara(Cordovil), Dalila Gonçalves( Freguesia), ADN (Tijuca), GPI(Madureira e Cascadura), Atlas(Tijuca), Borges Hermida( Praça Seca), Cultural(Tanque), Oscar Tenório(Marechal Hermes), Miguel Couto Bahiense(Méier), IBE( Méier) e Vocacional(Mesquita) e Itália(Rocha Miranda), por onde passei como regente de turma, coordenador ou diretor.
Quero agradecer ao Colégio Arte e Instrução, onde cursei o Ginásio e o Científico e, para onde , depois de formado Professor de Biologia e Ciências Físicas e Biológicas, retornei como regente de turma, coordenador de turno e supervisor pedagógico. Aqui cabe uma referência especial aos nomes do Dr Ernayde Cardoso, diretor do Colégio, da sua mãe Alayde Cardoso e do seu filho Sidney Cardoso.
Ainda no Colégio Arte e Instrução, quero destacar os meus professores e os meus colegas de turma ( na minha época de aluno), assim como os colegas professores, os inspetores, os serventes e o pessoal da secretaria que me ajudaram a coordenar o colégio.
Desejo mostrar minha gratidão aos companheiros servidores públicos que comigo trabalharam na décima sexta Região Administrativa( Jacarepaguá), na SECRA, na Secretaria Municipal de Governo, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e na Câmara de Vereadores, quando aqui estive.
Não posso deixar de citar a ajuda que tive da Sexta CRE, da Sétima CRE , dos jornais CONDOMÍNIOS EM FOCO e FOLHA GLOBAL além da ACIJA, durante tanto tempo.
É meu dever agradecer aos companheiros do Rotary Valqueire, do Rotary Jacarepaguá, do Lyons Jacarepaguá e do Lyons Valqueire.
Não posso omitir a força que tive dos professores e dos colegas do Curso de Italiano nos anos 90.
É importante destacar a amizade e a troca de experiências com os meus atuais colegas de turma do curso de Direito da Faculdade Estácio no Campus Madureira , bem como o respeito e o estímulo dos professores.
Salutar é frisar a tolerância de meus amigos de pelada de futebol do VERMELHO E BRANCO e do CAMPO DO SETE.
Faço questão de agradecer aos ex-alunos, aos professores, aos funcionários e à Direção do Colégio PENTÁGONO, onde permaneci de 1983 a 2008 , construi um forte laço de amizade e tive um crescimento profissional significativo, bem como o reconhecimento da Família Pentagonal e do seu líder , o professor Paulo Armando.
Não tenho o direito de deixar de agradecer aos ex-alunos, professores, funcionários e companheiros da ESCOLA MUNICIPAL ALEXANDRE FARAH, onde trabalhei por 28 anos e pude conviver com uma equipe laboriosa, unida, competente e responsável por um dos mais respeitáveis desempenhos de uma unidade pública em termos de educação e cidadania.
A Escola Alexandre Farah marcou época e está no coração dos moradores de Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Mariópolis e Guadalupe indubitavelmente. Essa Escola foi e ainda é um exemplo de que o serviço público, se estimulado, atende perfeitamente às expectativas da população.
Quero, ainda, de forma especial, agradecer a todos os que suportam os meus textos críticos publicados nos e-mails, no facebook, no meu Blog e no meu site.Obrigado pela atenção! Obrigado, também , aos que me conferiram o voto para vereador nas eleições de 7 de outubro de 2012.
Um agradecimento especial aos jogadores do Fluminense , campeões cariocas de 1959, ALTAIR e JAIR MARINHO, aqui presentes.
Vereador Cerruti, com tanta gente boa ajudando a carregar e a assentar os tijolos dessa construção de vida, voltada para o BEM COLETIVO e sob a proteção de DEUS, não poderia dar errado!
Com tanta gente com identidade de princípios éticos, morais e religiosos ao nosso lado, essa construção não poderia dar errado!
Vereador Cerruti, esteja certo da nossa GRATIDÃO pela sua iniciativa de nos conferir essa COMENDA, a mais alta homenagem prestada a um Cidadão pela Câmara nessa Cidade. Com esse gesto, geramos esse momento sagrado de CONFRATERNIZAÇÃO, próprio do NATAL e da passagem de ANO.
Vereador Cerruti, Caros Amigos,
Para finalizar esse meu sincero agradecimento, quero usar três frases que sintetizam todo o meu sentimento:
AMIGOS, MUITO OBRIGADO POR VOCÊS EXISTIREM !
MEUS QUERIDOS E SAUDOSOS PAIS , A SUA BÊNÇÃO !
SENHOR DEUS , ESCUTAI AS NOSSAS PRECES!
MUITO OBRIGADO!
sábado, 1 de dezembro de 2012
Não deixe de ler !
REITERANDO O CONVITE ESPECIAL PARA VOCÊ , SUA FAMÍLIA E SEUS AMIGOS !
Mais do que uma homenagem a mim conferida pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro , por iniciativa do Vereador Alexandre Cerruti , o evento do dia 4/12/2012 , às 18:30 , naquela CASA DE LEIS, será um momento de CONFRATERNIZAÇÃO entre todos nós. E nós precisamos disso ! A Vida e o modelo econômico mundial têm nos conduzido a uma posição de egoísmo e de descrença nos valores éticos e morais. O Homem não se interessa pelo Ser Humano , pelos animais e pelas plantas. Tudo é dinheiro , poder e consumismo desenfreado. Pobre Homem !
O mês de dezembro , o Natal e a Passagem de Ano simbolizam um período de confraternização , de perdão , de reconciliação e de muito AMOR HUMANO. Deveria ser em todos os meses . Mas é assim , porque assim faz a Mídia que nos conduz , por causa dos interesses econômicos , dos patrocinadores. Pobre é quem se leva apenas por isso !
No dia 4/12 , teremos a oportunidade para mostrarmos a nossa GRATIDÃO A DEUS e aos nossos FAMILIARES e AMIGOS. E para perdoarmos e nos reconciliarmos com os nossos desafetos. afinal , os que nos criticam também nos fazem crescer . Esqueçamos nossas desavenças. Abracemo-nos . Não percamos essa oportunidade . Confraternizemo-nos ! Um abraço vale a pena ! Uma palavra vale a pena ! Eu talvez não seja merecedor dessa comenda , mas considero que Deus sabe o que faz ! Criou essa hora para isso ! Para o BEM ! E que DEUS nos UNA !
Vá abraçar a mim e aos seus pares !
Dia 04/12/2012 !
ESSA É A HORA !
Contamos com Você !
Célio Lupparelli
Mais do que uma homenagem a mim conferida pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro , por iniciativa do Vereador Alexandre Cerruti , o evento do dia 4/12/2012 , às 18:30 , naquela CASA DE LEIS, será um momento de CONFRATERNIZAÇÃO entre todos nós. E nós precisamos disso ! A Vida e o modelo econômico mundial têm nos conduzido a uma posição de egoísmo e de descrença nos valores éticos e morais. O Homem não se interessa pelo Ser Humano , pelos animais e pelas plantas. Tudo é dinheiro , poder e consumismo desenfreado. Pobre Homem !
O mês de dezembro , o Natal e a Passagem de Ano simbolizam um período de confraternização , de perdão , de reconciliação e de muito AMOR HUMANO. Deveria ser em todos os meses . Mas é assim , porque assim faz a Mídia que nos conduz , por causa dos interesses econômicos , dos patrocinadores. Pobre é quem se leva apenas por isso !
No dia 4/12 , teremos a oportunidade para mostrarmos a nossa GRATIDÃO A DEUS e aos nossos FAMILIARES e AMIGOS. E para perdoarmos e nos reconciliarmos com os nossos desafetos. afinal , os que nos criticam também nos fazem crescer . Esqueçamos nossas desavenças. Abracemo-nos . Não percamos essa oportunidade . Confraternizemo-nos ! Um abraço vale a pena ! Uma palavra vale a pena ! Eu talvez não seja merecedor dessa comenda , mas considero que Deus sabe o que faz ! Criou essa hora para isso ! Para o BEM ! E que DEUS nos UNA !
Vá abraçar a mim e aos seus pares !
Dia 04/12/2012 !
ESSA É A HORA !
Contamos com Você !
Célio Lupparelli
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Mapa da violência 2012 mostra " pandemia " de mortes de jovens negros.
As mortes por assassinato entre os jovens negros no país são, proporcionalmente, duas vezes e meia maior do que entre os jovens brancos. Em 2010, o índice de mortes violentas de jovens negros foi de 72, para cada 100 mil habitantes; enquanto entre os jovens brancos foi de 28,3 por 100 mil habitantes. A evolução do índice em oito anos também foi desfavorável para o jovem negro. Na comparação com os números de 2002, a taxa de homicídio de jovens brancos caiu (era 40,6 por 100 mil habitantes). Já entre os jovens negros o índice subiu (era 69,6 por 100 mil habitantes).
Os dados fazem parte do "Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil", divulgado nesta quinta-feira (29) em Brasília, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).
De acordo com o professor Julio Jacobo, responsável pelo estudo, os dados são “alarmantes” e representam uma “pandemia de mortes de jovens negros”. Entre os fatores que levam a esse panorama, ele cita a “cultura da violência” --tanto institucional como doméstica, e a impunidade. Segundo o professor, em apenas 4% dos casos de homicídios no Brasil, os responsáveis vão para a cadeia.
“O estudo confirma que o polo de violência no país são os jovens negros e não é por casualidade. Temos no país uma cultura que justifica a existência da violência em várias instâncias. O Estado e as famílias toleram a violência e é essa cultura que faz com que ela se torne corriqueira, que qualquer conflito seja resolvido matando o próximo”, disse Jacobo.
O professor defende políticas públicas mais amplas e integradas para atacar a questão, principalmente na área da educação. “Há no país cerca de 8 milhões de jovens negros que não estudam nem trabalham. As políticas públicas de incorporação dessa parcela da população são fundamentais para reverter o quadro”.
Ainda segundo o estudo, a situação mais grave é observada em oito Estados, onde a morte de jovens negros ultrapassa a marca de 100 homicídios para cada 100 mil habitantes. São eles: Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso, Distrito Federal, Bahia e Pará. A análise por municípios é ainda mais preocupante: em Simões Filho, na Bahia, e em Ananindeua, no Pará, são registrados 400 homicídios de jovens negros por 100 mil habitantes.
O professor enfatizou que as taxas de assassinato entre a população negra no Brasil são superiores às de muitas regiões que enfrentam conflitos armados. Jacobo também comparou a situação brasileira à de países desenvolvidos, como Alemanha, Holanda, França, Polônia e Inglaterra, onde a taxa de homicídio é 0,5 jovem para cada 100 mil habitantes.
“Para cada jovem que morre assassinado nesses países, morrem 106 jovens e 144 jovens negros no Brasil. Se compararmos com a Bahia, são 205 jovens negros para cada morte naqueles países; e no município baiano de Simões Filho, que tem o pior índice brasileiro, são 912 mortes de jovens negros para cada assassinato de jovem”, disse.
O secretário-executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro, enfatizou que o governo federal tem intensificado as ações para enfrentar o problema que classificou de “crucial”. Ele lembrou que foi lançado em setembro, em Alagoas, o projeto Juventude Viva, para enfrentar o crescente número de homicídios entre jovens negros de todo o país. A iniciativa prevê aulas em período integral nas escolas estaduais, a criação de espaços culturais em territórios violentos e o estímulo ao empreendedorismo juvenil, associado à economia solidária.
O Juventude Viva é a primeira etapa de uma ação mais ampla –o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra. A meta do governo é expandir o programa no primeiro semestre de 2013 para mais cinco unidades federativas: Paraíba, Espírito Santo, Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul.
“O objetivo é garantir um conjunto de serviços às comunidades onde esses jovens residem, como infraestrutura, além de fornecer oportunidade de estudo e de ocupação para eles, aproveitando inclusive os eventos esportivos que o Brasil vai sediar, como a Copa do Mundo”, disse Theodoro.
( Fonte : BOL )
Os dados fazem parte do "Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil", divulgado nesta quinta-feira (29) em Brasília, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).
De acordo com o professor Julio Jacobo, responsável pelo estudo, os dados são “alarmantes” e representam uma “pandemia de mortes de jovens negros”. Entre os fatores que levam a esse panorama, ele cita a “cultura da violência” --tanto institucional como doméstica, e a impunidade. Segundo o professor, em apenas 4% dos casos de homicídios no Brasil, os responsáveis vão para a cadeia.
“O estudo confirma que o polo de violência no país são os jovens negros e não é por casualidade. Temos no país uma cultura que justifica a existência da violência em várias instâncias. O Estado e as famílias toleram a violência e é essa cultura que faz com que ela se torne corriqueira, que qualquer conflito seja resolvido matando o próximo”, disse Jacobo.
O professor defende políticas públicas mais amplas e integradas para atacar a questão, principalmente na área da educação. “Há no país cerca de 8 milhões de jovens negros que não estudam nem trabalham. As políticas públicas de incorporação dessa parcela da população são fundamentais para reverter o quadro”.
Ainda segundo o estudo, a situação mais grave é observada em oito Estados, onde a morte de jovens negros ultrapassa a marca de 100 homicídios para cada 100 mil habitantes. São eles: Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso, Distrito Federal, Bahia e Pará. A análise por municípios é ainda mais preocupante: em Simões Filho, na Bahia, e em Ananindeua, no Pará, são registrados 400 homicídios de jovens negros por 100 mil habitantes.
O professor enfatizou que as taxas de assassinato entre a população negra no Brasil são superiores às de muitas regiões que enfrentam conflitos armados. Jacobo também comparou a situação brasileira à de países desenvolvidos, como Alemanha, Holanda, França, Polônia e Inglaterra, onde a taxa de homicídio é 0,5 jovem para cada 100 mil habitantes.
“Para cada jovem que morre assassinado nesses países, morrem 106 jovens e 144 jovens negros no Brasil. Se compararmos com a Bahia, são 205 jovens negros para cada morte naqueles países; e no município baiano de Simões Filho, que tem o pior índice brasileiro, são 912 mortes de jovens negros para cada assassinato de jovem”, disse.
O secretário-executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro, enfatizou que o governo federal tem intensificado as ações para enfrentar o problema que classificou de “crucial”. Ele lembrou que foi lançado em setembro, em Alagoas, o projeto Juventude Viva, para enfrentar o crescente número de homicídios entre jovens negros de todo o país. A iniciativa prevê aulas em período integral nas escolas estaduais, a criação de espaços culturais em territórios violentos e o estímulo ao empreendedorismo juvenil, associado à economia solidária.
O Juventude Viva é a primeira etapa de uma ação mais ampla –o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra. A meta do governo é expandir o programa no primeiro semestre de 2013 para mais cinco unidades federativas: Paraíba, Espírito Santo, Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul.
“O objetivo é garantir um conjunto de serviços às comunidades onde esses jovens residem, como infraestrutura, além de fornecer oportunidade de estudo e de ocupação para eles, aproveitando inclusive os eventos esportivos que o Brasil vai sediar, como a Copa do Mundo”, disse Theodoro.
( Fonte : BOL )
Trabalhadores do estaleiro da OSX , de Eike , são flagrados em condições subumanas.
Após denúncias de trabalhadores que atuam na construção do estaleiro da OSX, empresa do grupo EBX do empresário Eike Batista, no Porto de Açu, na região Norte do Rio, fiscais do Ministério do Trabalho constataram na quarta-feira (28) que cerca de 200 empregados viviam em condições subumanas em um alojamento oferecido pela empresa na praia de Grussaí. As informações são do "RJ TV 2ª edição", da Rede Globo.
Os fiscais ainda não definiram a multa que será aplicada à empresa, mas o valor pode chegar a R$ 23 mil. Chamado de "Carandiru" pelos trabalhadores devido às condições, os principais problemas encontrados foram superlotação, água imprópria para consumo, fiação elétrica exposta, entre outros.
Tanto o estaleiro quanto o Porto de Açu estão sendo construídos por empresas do grupo EBX. A assessoria do grupo, no entanto, disse que a responsabilidade pela situação é da empresa espanhola Acciona, subcontratada por eles e responsável pelos contratos com os trabalhadores.
Procurada pela Folha, a Acciona assumiu os problemas verificados pelo Ministério do Trabalho e disse que está tomando medidas para sanar a questão.
"Reconhecemos que existe um problema no alojamento e vamos com todos os meios resolver de maneira concertada e eficaz. Vamos colocar os recursos necessários para fazer uma gestão e fiscalização direta da administração da pousada e vamos colocar todos os meios e recursos necessários para isso", informou Olivier Ricard, responsável pela área de comunicação da empresa.
Ricard disse que ainda na quarta-feira foi disponibilizada água potável e equipes profissionais para cuidar do alojamento. De acordo com ele, na próxima semana os funcionários devem ir para um alojamento próprio da empresa.
Fonte Folha
Os fiscais ainda não definiram a multa que será aplicada à empresa, mas o valor pode chegar a R$ 23 mil. Chamado de "Carandiru" pelos trabalhadores devido às condições, os principais problemas encontrados foram superlotação, água imprópria para consumo, fiação elétrica exposta, entre outros.
Tanto o estaleiro quanto o Porto de Açu estão sendo construídos por empresas do grupo EBX. A assessoria do grupo, no entanto, disse que a responsabilidade pela situação é da empresa espanhola Acciona, subcontratada por eles e responsável pelos contratos com os trabalhadores.
Procurada pela Folha, a Acciona assumiu os problemas verificados pelo Ministério do Trabalho e disse que está tomando medidas para sanar a questão.
"Reconhecemos que existe um problema no alojamento e vamos com todos os meios resolver de maneira concertada e eficaz. Vamos colocar os recursos necessários para fazer uma gestão e fiscalização direta da administração da pousada e vamos colocar todos os meios e recursos necessários para isso", informou Olivier Ricard, responsável pela área de comunicação da empresa.
Ricard disse que ainda na quarta-feira foi disponibilizada água potável e equipes profissionais para cuidar do alojamento. De acordo com ele, na próxima semana os funcionários devem ir para um alojamento próprio da empresa.
Fonte Folha
Pais desmentem o prefeito Paes.
Críticas à escola municipal Friendenreich, no Maracanã, se chocam com opinião dos pais de alunos
O prefeito do Rio Eduardo Paes fez declarações sobre a escola municipal Friendenreich, no Maracanã, que entram em conflito direto com o relato da Comissão de Pais e Alunos da instituição. Paes disse, nesta quarta-feira (28), que o prédio da escola tem baixa qualidade e será alocado para uma nova estrutura, melhor. A escola é a 10ª colocada no ranking do Ideb para o ensino básico do país.
"Aquele prédio especificamente não é um prédio que se possa dizer que é padrão ideal para a prefeitura do Rio. Pelo contrário, é um prédio de baixa qualidade, que volta e meia sofre quando há eventos no Maracanã", afirmou o prefeito. "Eu sou um dos mais interessados na preservação da escola. Eu nunca falei sobre isso, mas, para mim, escola não é prédio. São professores, alunos, diretores".
Segundo o prefeito Eduardo Paes, o local tem estrutura precária e abaixo do nível da prefeitura. Pais e alunos rebatem declarações. Fotos: Reprodução
Ele também afirmou que fica chateado com o que chamou de "agendas e interesses paralelos", referindo-se a mobilizações contrárias à reforma no Maracanã. "Não estou dizendo que a escola é um interesse paralelo. Sou uma autoridade que trabalho há muitos anos com a prefeitura. Sei o que estou dizendo", disse a jornalistas.
O prefeito "está mentindo".
A afirmação de Paes provocou a ira de Carlos Sandes, representante da Comissão de Pais e Alunos da escola. Sandes informou que o local tem salas com ar condicionado, equipamentos de última geração, como o smartboard (quadro interativo), biblioteca, sala de leitura e toda a acessibilidade que o entorno do local oferece.
"(O prefeito) está mentindo. Já existem as salas de reforços prontas, salas de informática, de leitura. Não tem como ele dizer que não tem estrutura. Já existe e funciona. É uma das poucas escolas da rede municipal que possui uma quadra poliesportiva coberta, feita em 2007, com dinheiro público", vociferou.
Apesar das alegações do prefeito, o Jornal do Brasil teve acesso a fotografias tiradas dentro da escola Friedenreich, nas quais fica exposta a infraestrutura à qual estão submetidos seus alunos. As imagens, feitas entre 2010 e 2012, foram retiradas do blog da escola, mantido por alunos e professores, e nelas é possível ver o quadro negro interativo, a cobertura da quadra poliesportiva, entre outros aparatos de qualidade aparentemente boa.
A equipe de reportagem do JB, porém, não obteve permissão da Secretaria Municipal de Educação (SME) nesta quarta-feira (28) para corroborar as declarações do prefeito no local. O órgão alegou, por telefone, que as visitas são marcadas em até 48 horas úteis.
Segundo Sandes, a comunidade está muito satisfeita com os resultados e a infraestrutura da escola. Além disso, ponderou que não faz sentido gastar dinheiro público duas vezes, na demolição e na construção em novo local.
"Queremos continuar ali. Queremos a acessibilidade que temos ali, não é preciso mudar nada. A comunidade está muito satisfeita com os resultados da escola. Não tem porquê tirar um prédio público que funciona e jogar dinheiro público duas vezes no ralo, para a demolição e a construção do novo", apelou Sandes.
Em relação ao novo local designado para a unidade educacional, em São Cristóvão, no prédio da antiga escola veterinária do Exército, o representante disse ser "totalmente inviável". De acordo com ele, um aluno com necessidades especiais de locomoção e sua mãe fizeram um vídeo mostrando a precariedade do caminho para as crianças na nova unidade. "Não estamos atrás de prédio. Queremos manter a qualidade do projeto pedagógico, que é muito mais importante do que o prédio", afirmou.
MPRJ e ação civil pública
Na última quarta-feira (21), o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) distribuiu, na Justiça, uma ação civil pública (ACP) contra o município e o estado para manter as atividades da escola e evitar sua demolição. A ação foi proposta pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital e recebida pela Juíza da 1ª Vara de Infância, da Juventude e do Idoso.
Segundo a ACP, estado e município devem "se abster de adotar qualquer medida que impeça, inviabilize, limite ou não proporcione o direito à educação" na escola, sob pena de multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento, a ser pago por cada ente federativo.
Em 2009, o MPRJ já havia aberto inquérito no qual prefeitura e governo do Rio afirmaram que os serviços previstos no contrato das reformas do Complexo Maracanã não incluíam reformas na escola. Segundo o MPRJ, a informação foi confirmada pela Secretaria de Obras do Estado em agosto deste ano.
O prefeito do Rio Eduardo Paes fez declarações sobre a escola municipal Friendenreich, no Maracanã, que entram em conflito direto com o relato da Comissão de Pais e Alunos da instituição. Paes disse, nesta quarta-feira (28), que o prédio da escola tem baixa qualidade e será alocado para uma nova estrutura, melhor. A escola é a 10ª colocada no ranking do Ideb para o ensino básico do país.
"Aquele prédio especificamente não é um prédio que se possa dizer que é padrão ideal para a prefeitura do Rio. Pelo contrário, é um prédio de baixa qualidade, que volta e meia sofre quando há eventos no Maracanã", afirmou o prefeito. "Eu sou um dos mais interessados na preservação da escola. Eu nunca falei sobre isso, mas, para mim, escola não é prédio. São professores, alunos, diretores".
Segundo o prefeito Eduardo Paes, o local tem estrutura precária e abaixo do nível da prefeitura. Pais e alunos rebatem declarações. Fotos: Reprodução
Ele também afirmou que fica chateado com o que chamou de "agendas e interesses paralelos", referindo-se a mobilizações contrárias à reforma no Maracanã. "Não estou dizendo que a escola é um interesse paralelo. Sou uma autoridade que trabalho há muitos anos com a prefeitura. Sei o que estou dizendo", disse a jornalistas.
O prefeito "está mentindo".
A afirmação de Paes provocou a ira de Carlos Sandes, representante da Comissão de Pais e Alunos da escola. Sandes informou que o local tem salas com ar condicionado, equipamentos de última geração, como o smartboard (quadro interativo), biblioteca, sala de leitura e toda a acessibilidade que o entorno do local oferece.
"(O prefeito) está mentindo. Já existem as salas de reforços prontas, salas de informática, de leitura. Não tem como ele dizer que não tem estrutura. Já existe e funciona. É uma das poucas escolas da rede municipal que possui uma quadra poliesportiva coberta, feita em 2007, com dinheiro público", vociferou.
Apesar das alegações do prefeito, o Jornal do Brasil teve acesso a fotografias tiradas dentro da escola Friedenreich, nas quais fica exposta a infraestrutura à qual estão submetidos seus alunos. As imagens, feitas entre 2010 e 2012, foram retiradas do blog da escola, mantido por alunos e professores, e nelas é possível ver o quadro negro interativo, a cobertura da quadra poliesportiva, entre outros aparatos de qualidade aparentemente boa.
A equipe de reportagem do JB, porém, não obteve permissão da Secretaria Municipal de Educação (SME) nesta quarta-feira (28) para corroborar as declarações do prefeito no local. O órgão alegou, por telefone, que as visitas são marcadas em até 48 horas úteis.
Segundo Sandes, a comunidade está muito satisfeita com os resultados e a infraestrutura da escola. Além disso, ponderou que não faz sentido gastar dinheiro público duas vezes, na demolição e na construção em novo local.
"Queremos continuar ali. Queremos a acessibilidade que temos ali, não é preciso mudar nada. A comunidade está muito satisfeita com os resultados da escola. Não tem porquê tirar um prédio público que funciona e jogar dinheiro público duas vezes no ralo, para a demolição e a construção do novo", apelou Sandes.
Em relação ao novo local designado para a unidade educacional, em São Cristóvão, no prédio da antiga escola veterinária do Exército, o representante disse ser "totalmente inviável". De acordo com ele, um aluno com necessidades especiais de locomoção e sua mãe fizeram um vídeo mostrando a precariedade do caminho para as crianças na nova unidade. "Não estamos atrás de prédio. Queremos manter a qualidade do projeto pedagógico, que é muito mais importante do que o prédio", afirmou.
MPRJ e ação civil pública
Na última quarta-feira (21), o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) distribuiu, na Justiça, uma ação civil pública (ACP) contra o município e o estado para manter as atividades da escola e evitar sua demolição. A ação foi proposta pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital e recebida pela Juíza da 1ª Vara de Infância, da Juventude e do Idoso.
Segundo a ACP, estado e município devem "se abster de adotar qualquer medida que impeça, inviabilize, limite ou não proporcione o direito à educação" na escola, sob pena de multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento, a ser pago por cada ente federativo.
Em 2009, o MPRJ já havia aberto inquérito no qual prefeitura e governo do Rio afirmaram que os serviços previstos no contrato das reformas do Complexo Maracanã não incluíam reformas na escola. Segundo o MPRJ, a informação foi confirmada pela Secretaria de Obras do Estado em agosto deste ano.
Súplica de uma irmã ! Leia !
Amigos venho através deste informe relatar o caos que está a nossa saúde.
Tenho uma irmã de 53 anos,renal crônica e deficiênte visual e ápos uma seção de hemodiálise no dia 16 deste mês, ao chegar em casa a fístula se rompeu.Fiz o que pude para salvar-lhe a vida ,pois a artéria se rompeu e ela começou a perder muito sangue,então a levei para UPA de Campinho,só que lá não tinha cirurgião vascular e os médicos de plantão não estavam conseguindo conter a hemorragia.Fiz um torniquete e a levei para casa de Portugal onde ela chegou fazendo choque hipovolênico e foi direto para o CTI.A situação era gave pois ela perdeu muito sangue,chegado o hematócrito a 19,Ápos várias transfusões ela começou a se recuperar tendo alta ontem para o quarto.Sendo que ao ser transferida do CTI para o quarto o técnico de enfermagem segurou a minha irmã com tamanha brutalidade e jogou de qualquer jeito no leito,minha irmã começou a chorar dizendo que sentia fortes dores na s costelas.Comuniquei o fato a chefia de enfermagem e nada foi feito.Hoje quando o médico passou a visita pedi para ele olhar as costelas da minha irmã e ápos o RX,constatou FRATURA.
O Ortopedista prescreveu uma cinta especial que o hospital não quis ceder e a única coisa que fizeram foi pedir desculpas.Hoje o quadro da minha irmã começou a se agravar devido as fortes dores nas costelas,ela esta descompensada,chorosa,dispnéica e reclama de pontadas nos pulmões.
Amigos estou precisado de uma orientação jurídica,pois Maria José estava bem quando saiu do CTI e hoje ela está grave por conta de um algoz que na pressa de largar o plantão a segurou como se fosse um bicho fraturando -lhe as costelas.Eu não posso me calar diante de tanta brutalidade e falta de amor ao próximo.A casa de Portugal so faz pedir desculpas,só que estamos arcando com todas as despesas cometida por um erro de um funcionário.
Hoje o sofrimento da minha irmã é muito grande,e eu gostaria que compatilhasse isto,pois preciso de um Advogado que se interrece em pegar esta causa.
A todos o meu muito obrigado.Deixo meu tel para contato 9397-2011.
Tenho uma irmã de 53 anos,renal crônica e deficiênte visual e ápos uma seção de hemodiálise no dia 16 deste mês, ao chegar em casa a fístula se rompeu.Fiz o que pude para salvar-lhe a vida ,pois a artéria se rompeu e ela começou a perder muito sangue,então a levei para UPA de Campinho,só que lá não tinha cirurgião vascular e os médicos de plantão não estavam conseguindo conter a hemorragia.Fiz um torniquete e a levei para casa de Portugal onde ela chegou fazendo choque hipovolênico e foi direto para o CTI.A situação era gave pois ela perdeu muito sangue,chegado o hematócrito a 19,Ápos várias transfusões ela começou a se recuperar tendo alta ontem para o quarto.Sendo que ao ser transferida do CTI para o quarto o técnico de enfermagem segurou a minha irmã com tamanha brutalidade e jogou de qualquer jeito no leito,minha irmã começou a chorar dizendo que sentia fortes dores na s costelas.Comuniquei o fato a chefia de enfermagem e nada foi feito.Hoje quando o médico passou a visita pedi para ele olhar as costelas da minha irmã e ápos o RX,constatou FRATURA.
O Ortopedista prescreveu uma cinta especial que o hospital não quis ceder e a única coisa que fizeram foi pedir desculpas.Hoje o quadro da minha irmã começou a se agravar devido as fortes dores nas costelas,ela esta descompensada,chorosa,dispnéica e reclama de pontadas nos pulmões.
Amigos estou precisado de uma orientação jurídica,pois Maria José estava bem quando saiu do CTI e hoje ela está grave por conta de um algoz que na pressa de largar o plantão a segurou como se fosse um bicho fraturando -lhe as costelas.Eu não posso me calar diante de tanta brutalidade e falta de amor ao próximo.A casa de Portugal so faz pedir desculpas,só que estamos arcando com todas as despesas cometida por um erro de um funcionário.
Hoje o sofrimento da minha irmã é muito grande,e eu gostaria que compatilhasse isto,pois preciso de um Advogado que se interrece em pegar esta causa.
A todos o meu muito obrigado.Deixo meu tel para contato 9397-2011.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Presidente da OAB é contra a privatização do Maracanã.
Além do cantor e compositor Chico Buarque, a campanha contra a privatização do Maracanã ganhou outro aliado de peso: o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous. Segundo ele, "o Maracanã pertence ao povo e nas mãos do povo deve permanecer".
No próximo sábado, dia 1º de dezembro, Damous vai participar do ato unificado na Praça Saens Peña contra a privatização do estádio.
Vascaíno, Damous era frequentador assíduo do estádio até o fechamento para obras com vistas ao mundial de 2014. Ao contrário do presidente da OAB, Chico Buarque é torcedor do time tetracampeão brasileiro, o Fluminense, mas como Damous também era um frequentador assíduo do estádio.
O cantor relembrou seus grandes momentos no estádio e enfatizou que o Maracanã "é um espaço público que deve permanecer público". COMO HAVERÁ MANIFESTAÇÃO PÚBLICA CONTRA OS INTERESSES DE EIKE E OUTROS MEGAEMPRESÁRIOS QUE DESEJAM " PEGAR O MARACANÃ" REFORMADO COM QUASE 1 BILHÃO E MEIO DE DINHEIRO PÚBLICO , O NOSSO DINHEIRO , DUVIDO QUE CABRAL , PEZÃO , EDUARDO PAES ESTEJAM PRESENTES. MUITO MENOS QUE GASTEM DINHEIRO PARA PALANQUES , ARTISTAS , BANDAS , ESCOLAS DE SAMBA SE APRESENTAREM , SEGURANÇAS ETC. POR QUE ESSA GENTE INSISTE EM PRIVATIZAR O MAIOR SÍMBOLO DO FUTEBOL BRASILEIRO , VERDADEIRO PALCO DE DIVERSÃO DO POVO ?
No próximo sábado, dia 1º de dezembro, Damous vai participar do ato unificado na Praça Saens Peña contra a privatização do estádio.
Vascaíno, Damous era frequentador assíduo do estádio até o fechamento para obras com vistas ao mundial de 2014. Ao contrário do presidente da OAB, Chico Buarque é torcedor do time tetracampeão brasileiro, o Fluminense, mas como Damous também era um frequentador assíduo do estádio.
O cantor relembrou seus grandes momentos no estádio e enfatizou que o Maracanã "é um espaço público que deve permanecer público". COMO HAVERÁ MANIFESTAÇÃO PÚBLICA CONTRA OS INTERESSES DE EIKE E OUTROS MEGAEMPRESÁRIOS QUE DESEJAM " PEGAR O MARACANÃ" REFORMADO COM QUASE 1 BILHÃO E MEIO DE DINHEIRO PÚBLICO , O NOSSO DINHEIRO , DUVIDO QUE CABRAL , PEZÃO , EDUARDO PAES ESTEJAM PRESENTES. MUITO MENOS QUE GASTEM DINHEIRO PARA PALANQUES , ARTISTAS , BANDAS , ESCOLAS DE SAMBA SE APRESENTAREM , SEGURANÇAS ETC. POR QUE ESSA GENTE INSISTE EM PRIVATIZAR O MAIOR SÍMBOLO DO FUTEBOL BRASILEIRO , VERDADEIRO PALCO DE DIVERSÃO DO POVO ?
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Moradores reclamam da UPP.
Reunidos no morro Dona Marta, em Botafogo, representantes de diversas comunidades denunciaram a truculência dos policiais militares com os moradores das favelas ao discutirem os problemas das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP): "Eles reprimem a nossa liberdade", queixou-se Deise Carvalho, moradora do Cantagalo.
Estes representantes participavam do seminário "Favela é cidade: as UPPs, a proposta de pacificação e a população do Rio de Janeiro”. A ideia era dar voz aos moradores que, segundo organizadores, são os mais afetados pelas UPP's. A proposta é um balanço do projetos nestes anos, apresentando denúncias e ressalvas, por parte daqueles que são alvo das ações do governo.
“Nesses fóruns sobre UPP social é sempre o governo que fala, com poucos representantes das comunidades. A ideia aqui é dar voz à população”, explica uma das organizadoras do evento, a doutora em ciências políticas Sonia Fleury, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ).
Além dela, estiveram presentes Machado da Silva, Luis Carlos Fridman e Lia Rocha do Coletivo de Estudos Sobre Violência e Sociabilidade (CEVIS); Alan Brum, da Ong Raízes em Movimento; Monica Francisco, moradora do Borel; o Rapper Fiel do Santa Marta; Lula, morador do Chapéu Mangueira; Arley Macedo, da Rocinha;, Cleonice Dias, que trabalha na Cidade de Deus; Dejanira Deise e Deise Carvalho, moradoras do Cantagalo.
Falta de investimento.
Uma critica recorrente nas comunidades pacificadas é com relação a falta de investimentos em serviços públicos e na área social. “O Beltrame sempre falou que as UPPs só podem dar certo se não for apenas repressão. Mas não acho que esteja havendo investimentos do Estado na área social da mesma forma que teve na ocupação territorial. Só vemos coisas muito fracas”, reclama Fleury.
A ex-comandante da UPP do Santa Marta, major Priscilla Azevedo compareceu ao eventoA ex-comandante da UPP do Santa Marta, major Priscilla Azevedo, concorda que é preciso melhorar a prestação de serviços públicos nas comunidades. Ela conta que a demora para a chegada desses serviços, prejudica, inclusive, a imagem da polícia.
“Há essa confusão com relação à prestação de serviços públicos. A polícia não está deixando de trabalhar, o que falta é o Estado melhorar a prestação de serviços. A polícia apenas abre o caminho para as companhias de luz, de lixo. Cabe aos moradores cobrar a melhoria destes serviços”, afirma.
Serviços ineficientes
O encarregado da limpeza urbana no Dona Marta, Roberto Gonçalves, trabalha há 43 anos como gari. Ele esclarece que o serviço de limpeza está presente na favela, no entanto, reclama do pequeno número de garis: são apenas 12 homens responsáveis pela limpeza e coleta de lixo em toda a comunidade. “Aqui ,no mínimo, precisaria de 30 garis. Você já imaginou 10 garis pra varrer esse morro todo? É muita viela pra 10 garis”, aponta.
Apesar de o serviço de coleta estar presente, a comunidade sofre com o despejo irregular de lixo. Não são poucos os locais onde ele se acumula a céu aberto. “As pessoas jogam nas valas, nos muros. Estão jogando lixo atrás do bonde, um dia isso vai trazer problema”, alerta.
Na opinião do gari, é preciso conscientizar os moradores: “Falta principalmente educação. As lixeiras estão quebradas porque jogam entulho nelas. Nós esvaziamos este contêiner dia sim, dia não. Se todo mundo descesse com o lixo isto seria feito diariamente”, critica.
O gari Roberto Gonçalves reclamava da quantidade pequena de profissionais no localLíder comunitária da Cidade de Deus, Cleonice Dias, foi uma das palestrantes a apresentar duras criticas ao modo com que os policiais operam nas comunidades. Segundo ela, a polícia tem papéis sociais diferentes na Zona Sul, onde é protetora, e para as favelas, onde é repressora.
Ela insiste que as mudanças precisam ser "mais estruturais", afirmando que as UPPs ainda significam muito pouco perto "das necessidades de décadas de desigualdade dentro das comunidades". Segundo Cleonice, a pacificação é uma medida necessária apenas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas acontecerem. Apesar das críticas, no cenário atual, ela ainda é a favor do projeto. “Se ficarmos só na UPP a gente perde o foco. Se largarmos a UPP, a gente perde o bonde”, enfatiza.
Denúncias
Não faltou quem reclamasse da truculência de alguns policiais militares com a população das favelas. A líder comunitária, Deise Carvalho relatou diversas histórias e denunciou soldados que trabalham em sua comunidade. " A denúncia é importante, porque as pessoas precisam saber o que está sendo feito dentro das áreas pacificadas", contou.
Segundo ela, policiais do local procuram, "deliberadamente", por meninos e meninas que já tiveram passagem na polícia para acusá-los de outros crimes, já que ganham bonificação toda vez que realizam uma nova apreensão. Além disso, afirma que "todas as denúncias" feitas por moradores contra os policiais das UPP's é "misteriosamente arquivada".
"Já abordaram meu filho uma vez, uniformizado, e o agrediram simplesmente porque ele não queria abrir a mochila. Fiz a denúncia, e na audiência simplesmente arquivaram o caso, sem nenhuma justificativa. Tinha testemunhas, relatos e não aconteceu nada", reclama. Mesmo assim, a moradora faz questão de separar o joio do trigo. "Tem exemplos bons. Mas são poucos", finalizou.
Estes representantes participavam do seminário "Favela é cidade: as UPPs, a proposta de pacificação e a população do Rio de Janeiro”. A ideia era dar voz aos moradores que, segundo organizadores, são os mais afetados pelas UPP's. A proposta é um balanço do projetos nestes anos, apresentando denúncias e ressalvas, por parte daqueles que são alvo das ações do governo.
“Nesses fóruns sobre UPP social é sempre o governo que fala, com poucos representantes das comunidades. A ideia aqui é dar voz à população”, explica uma das organizadoras do evento, a doutora em ciências políticas Sonia Fleury, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ).
Além dela, estiveram presentes Machado da Silva, Luis Carlos Fridman e Lia Rocha do Coletivo de Estudos Sobre Violência e Sociabilidade (CEVIS); Alan Brum, da Ong Raízes em Movimento; Monica Francisco, moradora do Borel; o Rapper Fiel do Santa Marta; Lula, morador do Chapéu Mangueira; Arley Macedo, da Rocinha;, Cleonice Dias, que trabalha na Cidade de Deus; Dejanira Deise e Deise Carvalho, moradoras do Cantagalo.
Falta de investimento.
Uma critica recorrente nas comunidades pacificadas é com relação a falta de investimentos em serviços públicos e na área social. “O Beltrame sempre falou que as UPPs só podem dar certo se não for apenas repressão. Mas não acho que esteja havendo investimentos do Estado na área social da mesma forma que teve na ocupação territorial. Só vemos coisas muito fracas”, reclama Fleury.
A ex-comandante da UPP do Santa Marta, major Priscilla Azevedo compareceu ao eventoA ex-comandante da UPP do Santa Marta, major Priscilla Azevedo, concorda que é preciso melhorar a prestação de serviços públicos nas comunidades. Ela conta que a demora para a chegada desses serviços, prejudica, inclusive, a imagem da polícia.
“Há essa confusão com relação à prestação de serviços públicos. A polícia não está deixando de trabalhar, o que falta é o Estado melhorar a prestação de serviços. A polícia apenas abre o caminho para as companhias de luz, de lixo. Cabe aos moradores cobrar a melhoria destes serviços”, afirma.
Serviços ineficientes
O encarregado da limpeza urbana no Dona Marta, Roberto Gonçalves, trabalha há 43 anos como gari. Ele esclarece que o serviço de limpeza está presente na favela, no entanto, reclama do pequeno número de garis: são apenas 12 homens responsáveis pela limpeza e coleta de lixo em toda a comunidade. “Aqui ,no mínimo, precisaria de 30 garis. Você já imaginou 10 garis pra varrer esse morro todo? É muita viela pra 10 garis”, aponta.
Apesar de o serviço de coleta estar presente, a comunidade sofre com o despejo irregular de lixo. Não são poucos os locais onde ele se acumula a céu aberto. “As pessoas jogam nas valas, nos muros. Estão jogando lixo atrás do bonde, um dia isso vai trazer problema”, alerta.
Na opinião do gari, é preciso conscientizar os moradores: “Falta principalmente educação. As lixeiras estão quebradas porque jogam entulho nelas. Nós esvaziamos este contêiner dia sim, dia não. Se todo mundo descesse com o lixo isto seria feito diariamente”, critica.
O gari Roberto Gonçalves reclamava da quantidade pequena de profissionais no localLíder comunitária da Cidade de Deus, Cleonice Dias, foi uma das palestrantes a apresentar duras criticas ao modo com que os policiais operam nas comunidades. Segundo ela, a polícia tem papéis sociais diferentes na Zona Sul, onde é protetora, e para as favelas, onde é repressora.
Ela insiste que as mudanças precisam ser "mais estruturais", afirmando que as UPPs ainda significam muito pouco perto "das necessidades de décadas de desigualdade dentro das comunidades". Segundo Cleonice, a pacificação é uma medida necessária apenas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas acontecerem. Apesar das críticas, no cenário atual, ela ainda é a favor do projeto. “Se ficarmos só na UPP a gente perde o foco. Se largarmos a UPP, a gente perde o bonde”, enfatiza.
Denúncias
Não faltou quem reclamasse da truculência de alguns policiais militares com a população das favelas. A líder comunitária, Deise Carvalho relatou diversas histórias e denunciou soldados que trabalham em sua comunidade. " A denúncia é importante, porque as pessoas precisam saber o que está sendo feito dentro das áreas pacificadas", contou.
Segundo ela, policiais do local procuram, "deliberadamente", por meninos e meninas que já tiveram passagem na polícia para acusá-los de outros crimes, já que ganham bonificação toda vez que realizam uma nova apreensão. Além disso, afirma que "todas as denúncias" feitas por moradores contra os policiais das UPP's é "misteriosamente arquivada".
"Já abordaram meu filho uma vez, uniformizado, e o agrediram simplesmente porque ele não queria abrir a mochila. Fiz a denúncia, e na audiência simplesmente arquivaram o caso, sem nenhuma justificativa. Tinha testemunhas, relatos e não aconteceu nada", reclama. Mesmo assim, a moradora faz questão de separar o joio do trigo. "Tem exemplos bons. Mas são poucos", finalizou.
Há 30 anos , JB revelou escândalo do Proconsult e derrubou fraude na eleição.
No retorno às eleições para governador, tentaram roubar os votos de Leonel Brizola
Há 30 anos, uma tentativa de fraude na eleição para governador do Rio de Janeiro foi desbaratada graças ao trabalho das equipes do Jornal do Brasil e da Rádio JB. Com a ajuda de militares ligados aos órgãos de informação, tentou se evitar a vitória do esquerdita Leonel de Moura Brizola, favorecendo-se o candidato apoiado pelos militares, Wellington Moreira Franco. O esquema que ficou conhecido como "Proconsult" entrou na história como a primeira grande tentativa de fraude eleitoral através dos computadores.
O ano era 1982 e o país, debaixo do regime militar já há 18 anos, vivenciava a volta da eleição direta para a escolha dos governadores dos estados. No mesmo pleito, também foram escolhidos os deputados estaduais, deputados federais e um senador em cada unidade da Federação.
No Rio de Janeiro disputavam a cadeira de governador o candidato oficial do governo militar, Moreira Franco, representante do PDS (ex-Arena), partido de sustentação da ditadura militar que, à época, tinha na presidência da República o general João Figueiredo; o deputado federal Miro Teixeira (PMDB), herdeiro direto do então governador Chagas Freitas, mas que tentava passar a imagem de independente; o recém chegado do exílio (1979), ex-governador gaúcho, Leonel de Moura Brizola (PDT); a deputada federal, Sandra Cavalcanti (PTB), que iniciou sua vida política na UDN e no Lacerdismo; além do deputado federal cassado em 1976, Lysâneas Maciel, candidato pelo novato Partido dos Trabalhadores.
Depois de fraude descoberta, Brizola tomou posse como governador do estado do RioVivia-se a derrocada da ditadura, embora ela ainda fosse perdurar por mais alguns anos. Para evitar novos sustos nas urnas e tentar manter a maioria no Congresso, o governo militar criou o chamado voto vinculado. O eleitor era obrigado a escolher apenas candidatos de um mesmo partido. De deputado estadual a governador deveriam ser escolhidos políticos de uma mesma sigla, sob pena do voto ser anulado.
2 / 9Em 1982 'JB' desvendou fraude nas eleições para governador do Rio de Janeiro. Fotos: Arquivo/ CPDocJB
Inicio da informatização
A principal novidade daquele ano foi a informatização do somatório dos mapas produzidos manualmente pelas juntas de apuração em cada zona eleitoral. Na maioria dos estados brasileiros, a empresa estatal Serpro foi contratada para computar os votos. No Rio de Janeiro, no entanto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recorreu à Racimec, empresa dirigida por militares que criaram a Proconsult para atender ao tribunal. Seu responsável técnico era um tenente-coronel do Exército, Haroldo Lobão, ex-chefe do Centro de Processamento de Dados (CPD) do Exército.
As eleições estavam marcadas para 15 de novembro. Menos de um mês antes, na sexta-feira 21 de outubro, na coluna "Coisas da política", editada no Jornal do Brasil, o então diretor-adjunto da revista Veja e colunista do JB, Élio Gaspari, em um artigo intitulado "Uma nova sigla eleitoral no Rio de Janeiro", alertou para a “atividade de pessoas ligadas ao Serviço Nacional de Informações (SNI), em favor do PDS e de seu candidato, Wellington Moreira Franco". O artigo prosseguia:
"De todas as siglas de três letras em ação no Rio, o SNI é a mais discreta, pela própria natureza de suas operações. Até agora, pode-se estimar que esse pelotão agiu em duas direções: numa, contribuiu para orientar as forças uma concepção estratégica tanto na manobra de seccionamento do governador Chagas Freitas, hoje separado do PMDB, quanto na exibição das armas disponíveis para atacar a maré brizolista", diz trecho do artigo(Leia aqui).
Digitação paralela
Apesar da suspeição levantada por Gaspari, o então recém-criado Partido Democrático Trabalhista (PDT) – no qual Brizola juntou o grupo do extinto PTB que não se junto à Ivete Vargas quando ela se apoderou da velha sigla PTB - quase recuou da proposta de montar um sistema de apuração sofisticado, desenvolvido pelo economista César Maia, ainda uma pessoa desconhecida no meio político. O custo do sistema que ele propunha assustou os caciques pedetistas, notadamente Cibilis Vianna.
Porém, o medo da fraude falou mais alto e, na sexta feira, 12 de novembro, três dias antes da eleição que ocorreria na segunda-feira, optaram pelo esquema mais sofisticado. Por ele, fiscais do partido levariam ao escritório do advogado Rafael Peres Borges, no Centro do Rio, as cópias dos mapas de todas as urnas que depois seriam transferidas, por um motoqueiro, para um endereço secreto onde os dados destes mapas seriam digitados.
"Numa sexta feira, dia 12 (a eleição estava marcada para a segunda-feira, 15, feriado da Proclamação da República), o Cibilis Viana (então secretário-geral do PDT) me telefonou, de madrugada, e disse: 'Cesar, eu estou mandando uma pessoa te entregar agora um envelope com 5 mil cruzeiros. Monte o seu esquema'. Eu respondi, 'Cibilis, mas já é sexta-feira'. Enfim, telefonei para o programador, que estava em Petrópolis. Pedi que ele descesse para a gente fazer isso", contou o ex-prefeito do Rio de Janeiro ao Jornal do Brasil, lembrando-se do corre-corre provocado nas semanas seguintes ao artigo de Gaspari.
"Tínhamos um problema básico, porque a legislação eleitoral brasileira dizia que só era possível reclamar contra a apuração com documentos oficiais. Cada partido recebia cópia em carbono com o resultado", disse. "Foi exatamente isso que tivemos que fazer. Juntar boletim por boletim".
Disputa acirrada
Naquela eleição, o Jornal do Brasil e a Rádio JB montaram um sistema de apuração paralela da contagem de votos. Trabalhavam com equipes distribuídas pelos centros de apuração das principais zonas eleitorais, das quais os resultados de cada urna eram repassados por telefone para a redação, onde se fazia a totalização dos votos. O jornal O Globo e, principalmente, a TV Globo, fiaram-se nos números do Proconsult, o que acabou provocando a forte suspeita do envolvimento das Organizações Globo com a fraude que se descobriria depois.
A disputa eleitoral no Rio naquele ano teve momentos distintos. Inicialmente saíram à frente da preferência popular a candidata Sandra Cavalcanti e o peemedebista Miro Teixeira, beneficiando-se da máquina governamental comandada por Chagas Freitas. No desenrolar da campanha, Sandra perdeu espaço para o candidato apoiado pelos militares, Moreira Franco, que passou a rivalizar com Miro. No entanto poucos perceberam que o candidato pedetista, como se definiu na época, correndo por fora, foi conquistando a confiança dos eleitores. Àquela altura, se os militares já tentavam derrubar Miro para garantir a vitória de Moreira Franco, mais ainda faria contra Brizola, considerado por muitos deles como um incendiário.
A partir da eleição do dia 15 de novembro, o PDT passou, então, a recolher os boletins de apuração e a enviá-los para pontos de digitação secretos, conhecidos apenas por Maia: em uma sala em Botafogo digitava-se os resultados dos mapas de apuração de cada urna. Os discos eram processados no Centro de Processamento de Dados da construtora Sérgio Dourado, na Rua Prudente de Morais, em Ipanema. Tudo acompanhado de perto por Maia que, a partir deste episódio, ganhou destaque dentro do partido e mais tarde se transformou no secretário de Fazenda do governo Brizola, que lhe deu projeção nacional.
A Rádio Jornal do Brasil, logo após os primeiros dias de apuração, verificou que Brizola liderava na capital, onde estavam 70% dos votos, e decidiu se concentrar na apuração dos votos de Brizola e Moreira Franco. Graças a isto, a rádio e o jornal puderam perceber antes dos resultados finais as distorções que ocorriam nos números oficiais do TRE, repassados pelo Proconsult. O esquema da apuração do PDT também detectou as falhas que ainda não eram vistas como fraudes.
Diferencial Delta
Paralelamente, porém, a TV Globo, assim como o jornal O Globo, por ingenuidade ou, como desconfiaram os pedetistas, por participarem do esquema, fiaram-se nos números do Proconsult que sempre apresentavam Moreira Franco à frente.
Para tentar manter o candidato dos militares em primeiro lugar, o Proconsult apegou-se a duas estratégias diferentes. Primeiro deu preferência às urnas do interior do estado onde, teoricamente, o candidato oficial estaria ganhando.
Paralelamente, surgiu o chamado “Diferencial Delta”, como alegariam na época os diretores do Proconsult, justificando o grande número de votos brizolistas anulados por conta da obrigatoriedade da vinculação dos votos. A questão é que nos mapas divulgados pela Proconsult a quantidade de votos anulados e em branco em determinado momento diminuíram à medida em que eles eram, fraudulentamente, contabilizados pró Moreira Franco, na tentativa de modificar o resultado das urnas.
De qualquer forma, dando preferência aos números apresentados pela Proconsult e desconhecendo apurações paralelas como a do PDT e da Rádio JB, as organizações Globo - em especial a TV Globo – alimentavam a esperança de o golpe ser assimilado. Na medida em que difundiam a ideia da vitória do candidato dos militares, permitiriam aos técnicos da Proconsult inverterem os votos nulos e brancos, contabilizados para o candidato dos militares.
Miro reconheceu vitória
Então editores do jornalismo da Rádio JB, Pery Cotta e Procópio Mineiro noticiavam a apuração 24 horas por dia. A constatação, dia a dia, diante da contagem própria de votos, era a mesma do PDT: Leonel Brizola vencia Moreira Franco na primeira eleição direta para governador após 18 anos de ditadura militar no Brasil.
Respaldado na apuração paralela da Rádio JB e também na experiência eleitoral que já acumulava, Miro Teixeira, no dia 18 de novembro, deu entrevista reconhecendo a vitória de Brizola. Em seguida, procurado pelo advogado do PDT, Wilson Mirza, concordou em enviar um telegrama a Brizola cumprimentando-o pela vitória.
De posse do telegrama, no dia 19, Brizola concedeu uma entrevista voltada principalmente para jornalistas estrangeiros, na qual se proclamou o vitorioso da eleição, independentemente de os resultados divulgados pelo TRE/Proconsult não demonstrarem isto. "Só a fraude nos tira a vitória", alertou, jogando a primeira pá de cal no esquema da fraude.
Com isto, seu alerta repercutiu mundialmente e logo recebeu saudações de personalidades internacionais, como o chanceler socialista da Alemanha, Helmut Schmidt. Assim começou a ruir o esquema da fraude, inclusive com a Rede Globo acenando uma bandeira branca ao abrir espaço para uma entrevista do candidato pedetista. Brizola, porém, impôs condições: falaria ao vivo, sem direito a cortes ou edições. O que de fato aconteceu.
Apesar de tudo, continuava a disparidade dos números. Em 22 de novembro, o Jornal do Brasil divulgava que Brizola alcançara 33,3% dos votos, enquanto Moreira Franco tinha 30,8%, em um total de 14.791 urnas apuradas. Já o TRE, respaldado no Proconsult, dava o resultado de apenas 804 urnas, nas quais Moreira Franco tinha 72.163 votos, Miro Teixeira totalizava 64.270 e Brizola atingia apenas 36.349 votos.
Proconsult pressiona ‘JB’
Apesar de todos os indícios claros da vitória de Brizola e, mesmo depois do reconhecimento por Miro, somente no dia 24 de novembro Moreira Franco resolveu reconhecer sua derrota no pleito. O Proconsult, por sua vez, ainda demorou mais três dias insistindo no erro.
No dia 27 de novembro de 82 'JB' estampou fraude na manchetePara este reconhecimento, foi preciso que o Jornal do Brasil apontasse que estavam ocorrendo diferenças na contabilidade dos votos nulos e branco. Depois de mostrar que o numero de votos nulos e brancos reduzia quanto mais urnas eram apuradas, foi que o TRE se convenceu. No dia 26, o JB noticiou que o tribunal admitia estarem errados os boletins de apuração.
Nesta edição, o JB anunciava na primeira página: “O responsável técnico pelo Proconsult, Haroldo Lobão, assumiu a responsabilidade pelo erro, ao admitir que o programa que fez está misturando votos brancos e nulos nos diversos cargos”
Pela apuração paralela do JB verificava-se que o número de urnas apuradas crescia, mas havia uma redução nos em branco e nulos. Era o "Diferencial Delta" atuando a favor de Moreira Franco. A divulgação dos resultados diferentes dos da Proconsult levaram o presidente do TRE, desembargador Marcelo Santiago, a prometer uma recontagem dos votos.
>> TRE admite que errou boletins e vai reprogramar computador (26 de nov)
Paralelamente, porém, o dono da empresa de processamento de dados, Arcádio Vieira, procurou e ameaçou os editores da Rádio JB. Dias depois, o mesmo foi feito com Cesar Maia, que comandava a apuração do PDT.
A tentativa de cercear a apuração paralela foi denunciada na manchete do 'JB' em 27 de novembro de 1982: "Proconsult pressionou a apuração do JB". Era o que faltava para a fraude em si ganhar repercussão internacional.
>> Proconsult pressionou apuração da Rádio JB (27 de nov)
Oito dias depois da eleição, o JB denunciou a tentativa de intimidação da Proconsult. A denúncia, na edição do dia 27, acabou sendo comentada pelo mais influente colunista político do jornalismo brasileiro, Carlos Castello Branco, o Castellinho, na sua coluna do dia 28
>> Em sua coluna, Castellinho fala sobre a fraude. Leia: "Mistificando eleições"
Cesar Maia ainda hoje se recorda da visita do diretor da Proconsult. "O Arcádio me procurou dizendo que não estávamos levando em consideração o "Diferencial Delta", já que o governo federal determinou que a eleição seria vinculada. Essa história do "Diferencial Delta" já havia aparecido numa entrevista à Band, antes mesmo da votação, e o Arcádio disse ainda que a vinculação prejudicaria principalmente o Brizola, que é área popular. Eles cometeram uma falha", lembra-se.
Ao contestar estes argumentos, Maia apegou-se a um fator simplório: "Eu disse a ele que apurar era somente uma conta de somar e que tínhamos cópias de cada boletim", recorda. Ao somar os resultados, o PDT chegava ao seu numero e apontava erros na contagem do Proconsult.
>> PDT não acredita em erro e acha que houve desvio (27 de nov)
Foi exatamente no dia 28 de novembro que o TRE decidiu dar um basta na história e determinou uma auditoria na Proconsult, ao mesmo tempo em que solicitou a investigação do Departamento de Polícia Federal (DPF). Como o país vivia o período da ditadura, esta investigação não teve nenhum resultado concreto.
Cesar Maia e Cibilis Viana denunciam desvio dos votos de Leonel Brizola>> Polícia Federal vai investigar Proconsult por pedido do TRE (28 de nov)
O presidente do TRE então solicitou ajuda ao Serpro para computar as eleições no Rio. Como, a cada dia continuavam sendo detectados novos erros nos boletins oficiais emitidos pelos computadores da Proconsult, no dia 30 de novembro o TRE suspendeu o trabalho da empresa, repassando a apuração para o Serpro.
>> Serpro diz que sistema da Proconsult não é confiável (29 de nov)
>> Serpro deve concluir hoje a auditoria da Proconsult (1° de dez)
Reunião no TRE confirma eleição de Brizola
Diante da grande repercussão das falhas da Proconsult e da pressão que ocorreu a partir do noticiário da Rádio JB e do Jornal do Brasil, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Marcelo Santiago, recebeu representantes do PDT e da empresa de processamento de dados para uma conversa a portas fechadas.
No 12° dia após a votação, o partido conseguiu apurar os votos de 17.007 das 17.560 urnas em todo o estado - o equivalente a 95% do total. A apuração só não chegou a 100% porque 553 boletins não puderam ser lidos por estarem em branco, ou por serem ilegíveis. O partido ficava com uma das cinco cópias dos boletins. De acordo com a apuração do PDT, o partido de Brizola tinha 31,3%, seguido de 28% do PDS, 19,5% do PMDB, 9,8% do PTB e 2,9% do PT.
O TRE, então, pediu que Maia enviasse os boletins para a sede do Tribunal, onde tudo passaria por nova contagem. "O presidente do TRE me perguntava o que o PDT queria. Nós exigimos uma recontagem de votos. Eu mandava os boletins para o TRE e depois de umas cinco ou seis horas me ligavam dizendo que o PDT tinha razão", recorda.
"Na análise dos boletins, peguei fraude também para deputado estadual que elegeu uma moça de Nova Iguaçu. Depois da apuração ser toda refeita, ficou comprovado: Brizola ganhou a eleição", orgulha-se o democrata, reconhecendo que o golpe foi derrubado graças ao papel da Rádio JB e do Jornal do Brasil naquela apuração.
Há 30 anos, uma tentativa de fraude na eleição para governador do Rio de Janeiro foi desbaratada graças ao trabalho das equipes do Jornal do Brasil e da Rádio JB. Com a ajuda de militares ligados aos órgãos de informação, tentou se evitar a vitória do esquerdita Leonel de Moura Brizola, favorecendo-se o candidato apoiado pelos militares, Wellington Moreira Franco. O esquema que ficou conhecido como "Proconsult" entrou na história como a primeira grande tentativa de fraude eleitoral através dos computadores.
O ano era 1982 e o país, debaixo do regime militar já há 18 anos, vivenciava a volta da eleição direta para a escolha dos governadores dos estados. No mesmo pleito, também foram escolhidos os deputados estaduais, deputados federais e um senador em cada unidade da Federação.
No Rio de Janeiro disputavam a cadeira de governador o candidato oficial do governo militar, Moreira Franco, representante do PDS (ex-Arena), partido de sustentação da ditadura militar que, à época, tinha na presidência da República o general João Figueiredo; o deputado federal Miro Teixeira (PMDB), herdeiro direto do então governador Chagas Freitas, mas que tentava passar a imagem de independente; o recém chegado do exílio (1979), ex-governador gaúcho, Leonel de Moura Brizola (PDT); a deputada federal, Sandra Cavalcanti (PTB), que iniciou sua vida política na UDN e no Lacerdismo; além do deputado federal cassado em 1976, Lysâneas Maciel, candidato pelo novato Partido dos Trabalhadores.
Depois de fraude descoberta, Brizola tomou posse como governador do estado do RioVivia-se a derrocada da ditadura, embora ela ainda fosse perdurar por mais alguns anos. Para evitar novos sustos nas urnas e tentar manter a maioria no Congresso, o governo militar criou o chamado voto vinculado. O eleitor era obrigado a escolher apenas candidatos de um mesmo partido. De deputado estadual a governador deveriam ser escolhidos políticos de uma mesma sigla, sob pena do voto ser anulado.
2 / 9Em 1982 'JB' desvendou fraude nas eleições para governador do Rio de Janeiro. Fotos: Arquivo/ CPDocJB
Inicio da informatização
A principal novidade daquele ano foi a informatização do somatório dos mapas produzidos manualmente pelas juntas de apuração em cada zona eleitoral. Na maioria dos estados brasileiros, a empresa estatal Serpro foi contratada para computar os votos. No Rio de Janeiro, no entanto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recorreu à Racimec, empresa dirigida por militares que criaram a Proconsult para atender ao tribunal. Seu responsável técnico era um tenente-coronel do Exército, Haroldo Lobão, ex-chefe do Centro de Processamento de Dados (CPD) do Exército.
As eleições estavam marcadas para 15 de novembro. Menos de um mês antes, na sexta-feira 21 de outubro, na coluna "Coisas da política", editada no Jornal do Brasil, o então diretor-adjunto da revista Veja e colunista do JB, Élio Gaspari, em um artigo intitulado "Uma nova sigla eleitoral no Rio de Janeiro", alertou para a “atividade de pessoas ligadas ao Serviço Nacional de Informações (SNI), em favor do PDS e de seu candidato, Wellington Moreira Franco". O artigo prosseguia:
"De todas as siglas de três letras em ação no Rio, o SNI é a mais discreta, pela própria natureza de suas operações. Até agora, pode-se estimar que esse pelotão agiu em duas direções: numa, contribuiu para orientar as forças uma concepção estratégica tanto na manobra de seccionamento do governador Chagas Freitas, hoje separado do PMDB, quanto na exibição das armas disponíveis para atacar a maré brizolista", diz trecho do artigo(Leia aqui).
Digitação paralela
Apesar da suspeição levantada por Gaspari, o então recém-criado Partido Democrático Trabalhista (PDT) – no qual Brizola juntou o grupo do extinto PTB que não se junto à Ivete Vargas quando ela se apoderou da velha sigla PTB - quase recuou da proposta de montar um sistema de apuração sofisticado, desenvolvido pelo economista César Maia, ainda uma pessoa desconhecida no meio político. O custo do sistema que ele propunha assustou os caciques pedetistas, notadamente Cibilis Vianna.
Porém, o medo da fraude falou mais alto e, na sexta feira, 12 de novembro, três dias antes da eleição que ocorreria na segunda-feira, optaram pelo esquema mais sofisticado. Por ele, fiscais do partido levariam ao escritório do advogado Rafael Peres Borges, no Centro do Rio, as cópias dos mapas de todas as urnas que depois seriam transferidas, por um motoqueiro, para um endereço secreto onde os dados destes mapas seriam digitados.
"Numa sexta feira, dia 12 (a eleição estava marcada para a segunda-feira, 15, feriado da Proclamação da República), o Cibilis Viana (então secretário-geral do PDT) me telefonou, de madrugada, e disse: 'Cesar, eu estou mandando uma pessoa te entregar agora um envelope com 5 mil cruzeiros. Monte o seu esquema'. Eu respondi, 'Cibilis, mas já é sexta-feira'. Enfim, telefonei para o programador, que estava em Petrópolis. Pedi que ele descesse para a gente fazer isso", contou o ex-prefeito do Rio de Janeiro ao Jornal do Brasil, lembrando-se do corre-corre provocado nas semanas seguintes ao artigo de Gaspari.
"Tínhamos um problema básico, porque a legislação eleitoral brasileira dizia que só era possível reclamar contra a apuração com documentos oficiais. Cada partido recebia cópia em carbono com o resultado", disse. "Foi exatamente isso que tivemos que fazer. Juntar boletim por boletim".
Disputa acirrada
Naquela eleição, o Jornal do Brasil e a Rádio JB montaram um sistema de apuração paralela da contagem de votos. Trabalhavam com equipes distribuídas pelos centros de apuração das principais zonas eleitorais, das quais os resultados de cada urna eram repassados por telefone para a redação, onde se fazia a totalização dos votos. O jornal O Globo e, principalmente, a TV Globo, fiaram-se nos números do Proconsult, o que acabou provocando a forte suspeita do envolvimento das Organizações Globo com a fraude que se descobriria depois.
A disputa eleitoral no Rio naquele ano teve momentos distintos. Inicialmente saíram à frente da preferência popular a candidata Sandra Cavalcanti e o peemedebista Miro Teixeira, beneficiando-se da máquina governamental comandada por Chagas Freitas. No desenrolar da campanha, Sandra perdeu espaço para o candidato apoiado pelos militares, Moreira Franco, que passou a rivalizar com Miro. No entanto poucos perceberam que o candidato pedetista, como se definiu na época, correndo por fora, foi conquistando a confiança dos eleitores. Àquela altura, se os militares já tentavam derrubar Miro para garantir a vitória de Moreira Franco, mais ainda faria contra Brizola, considerado por muitos deles como um incendiário.
A partir da eleição do dia 15 de novembro, o PDT passou, então, a recolher os boletins de apuração e a enviá-los para pontos de digitação secretos, conhecidos apenas por Maia: em uma sala em Botafogo digitava-se os resultados dos mapas de apuração de cada urna. Os discos eram processados no Centro de Processamento de Dados da construtora Sérgio Dourado, na Rua Prudente de Morais, em Ipanema. Tudo acompanhado de perto por Maia que, a partir deste episódio, ganhou destaque dentro do partido e mais tarde se transformou no secretário de Fazenda do governo Brizola, que lhe deu projeção nacional.
A Rádio Jornal do Brasil, logo após os primeiros dias de apuração, verificou que Brizola liderava na capital, onde estavam 70% dos votos, e decidiu se concentrar na apuração dos votos de Brizola e Moreira Franco. Graças a isto, a rádio e o jornal puderam perceber antes dos resultados finais as distorções que ocorriam nos números oficiais do TRE, repassados pelo Proconsult. O esquema da apuração do PDT também detectou as falhas que ainda não eram vistas como fraudes.
Diferencial Delta
Paralelamente, porém, a TV Globo, assim como o jornal O Globo, por ingenuidade ou, como desconfiaram os pedetistas, por participarem do esquema, fiaram-se nos números do Proconsult que sempre apresentavam Moreira Franco à frente.
Para tentar manter o candidato dos militares em primeiro lugar, o Proconsult apegou-se a duas estratégias diferentes. Primeiro deu preferência às urnas do interior do estado onde, teoricamente, o candidato oficial estaria ganhando.
Paralelamente, surgiu o chamado “Diferencial Delta”, como alegariam na época os diretores do Proconsult, justificando o grande número de votos brizolistas anulados por conta da obrigatoriedade da vinculação dos votos. A questão é que nos mapas divulgados pela Proconsult a quantidade de votos anulados e em branco em determinado momento diminuíram à medida em que eles eram, fraudulentamente, contabilizados pró Moreira Franco, na tentativa de modificar o resultado das urnas.
De qualquer forma, dando preferência aos números apresentados pela Proconsult e desconhecendo apurações paralelas como a do PDT e da Rádio JB, as organizações Globo - em especial a TV Globo – alimentavam a esperança de o golpe ser assimilado. Na medida em que difundiam a ideia da vitória do candidato dos militares, permitiriam aos técnicos da Proconsult inverterem os votos nulos e brancos, contabilizados para o candidato dos militares.
Miro reconheceu vitória
Então editores do jornalismo da Rádio JB, Pery Cotta e Procópio Mineiro noticiavam a apuração 24 horas por dia. A constatação, dia a dia, diante da contagem própria de votos, era a mesma do PDT: Leonel Brizola vencia Moreira Franco na primeira eleição direta para governador após 18 anos de ditadura militar no Brasil.
Respaldado na apuração paralela da Rádio JB e também na experiência eleitoral que já acumulava, Miro Teixeira, no dia 18 de novembro, deu entrevista reconhecendo a vitória de Brizola. Em seguida, procurado pelo advogado do PDT, Wilson Mirza, concordou em enviar um telegrama a Brizola cumprimentando-o pela vitória.
De posse do telegrama, no dia 19, Brizola concedeu uma entrevista voltada principalmente para jornalistas estrangeiros, na qual se proclamou o vitorioso da eleição, independentemente de os resultados divulgados pelo TRE/Proconsult não demonstrarem isto. "Só a fraude nos tira a vitória", alertou, jogando a primeira pá de cal no esquema da fraude.
Com isto, seu alerta repercutiu mundialmente e logo recebeu saudações de personalidades internacionais, como o chanceler socialista da Alemanha, Helmut Schmidt. Assim começou a ruir o esquema da fraude, inclusive com a Rede Globo acenando uma bandeira branca ao abrir espaço para uma entrevista do candidato pedetista. Brizola, porém, impôs condições: falaria ao vivo, sem direito a cortes ou edições. O que de fato aconteceu.
Apesar de tudo, continuava a disparidade dos números. Em 22 de novembro, o Jornal do Brasil divulgava que Brizola alcançara 33,3% dos votos, enquanto Moreira Franco tinha 30,8%, em um total de 14.791 urnas apuradas. Já o TRE, respaldado no Proconsult, dava o resultado de apenas 804 urnas, nas quais Moreira Franco tinha 72.163 votos, Miro Teixeira totalizava 64.270 e Brizola atingia apenas 36.349 votos.
Proconsult pressiona ‘JB’
Apesar de todos os indícios claros da vitória de Brizola e, mesmo depois do reconhecimento por Miro, somente no dia 24 de novembro Moreira Franco resolveu reconhecer sua derrota no pleito. O Proconsult, por sua vez, ainda demorou mais três dias insistindo no erro.
No dia 27 de novembro de 82 'JB' estampou fraude na manchetePara este reconhecimento, foi preciso que o Jornal do Brasil apontasse que estavam ocorrendo diferenças na contabilidade dos votos nulos e branco. Depois de mostrar que o numero de votos nulos e brancos reduzia quanto mais urnas eram apuradas, foi que o TRE se convenceu. No dia 26, o JB noticiou que o tribunal admitia estarem errados os boletins de apuração.
Nesta edição, o JB anunciava na primeira página: “O responsável técnico pelo Proconsult, Haroldo Lobão, assumiu a responsabilidade pelo erro, ao admitir que o programa que fez está misturando votos brancos e nulos nos diversos cargos”
Pela apuração paralela do JB verificava-se que o número de urnas apuradas crescia, mas havia uma redução nos em branco e nulos. Era o "Diferencial Delta" atuando a favor de Moreira Franco. A divulgação dos resultados diferentes dos da Proconsult levaram o presidente do TRE, desembargador Marcelo Santiago, a prometer uma recontagem dos votos.
>> TRE admite que errou boletins e vai reprogramar computador (26 de nov)
Paralelamente, porém, o dono da empresa de processamento de dados, Arcádio Vieira, procurou e ameaçou os editores da Rádio JB. Dias depois, o mesmo foi feito com Cesar Maia, que comandava a apuração do PDT.
A tentativa de cercear a apuração paralela foi denunciada na manchete do 'JB' em 27 de novembro de 1982: "Proconsult pressionou a apuração do JB". Era o que faltava para a fraude em si ganhar repercussão internacional.
>> Proconsult pressionou apuração da Rádio JB (27 de nov)
Oito dias depois da eleição, o JB denunciou a tentativa de intimidação da Proconsult. A denúncia, na edição do dia 27, acabou sendo comentada pelo mais influente colunista político do jornalismo brasileiro, Carlos Castello Branco, o Castellinho, na sua coluna do dia 28
>> Em sua coluna, Castellinho fala sobre a fraude. Leia: "Mistificando eleições"
Cesar Maia ainda hoje se recorda da visita do diretor da Proconsult. "O Arcádio me procurou dizendo que não estávamos levando em consideração o "Diferencial Delta", já que o governo federal determinou que a eleição seria vinculada. Essa história do "Diferencial Delta" já havia aparecido numa entrevista à Band, antes mesmo da votação, e o Arcádio disse ainda que a vinculação prejudicaria principalmente o Brizola, que é área popular. Eles cometeram uma falha", lembra-se.
Ao contestar estes argumentos, Maia apegou-se a um fator simplório: "Eu disse a ele que apurar era somente uma conta de somar e que tínhamos cópias de cada boletim", recorda. Ao somar os resultados, o PDT chegava ao seu numero e apontava erros na contagem do Proconsult.
>> PDT não acredita em erro e acha que houve desvio (27 de nov)
Foi exatamente no dia 28 de novembro que o TRE decidiu dar um basta na história e determinou uma auditoria na Proconsult, ao mesmo tempo em que solicitou a investigação do Departamento de Polícia Federal (DPF). Como o país vivia o período da ditadura, esta investigação não teve nenhum resultado concreto.
Cesar Maia e Cibilis Viana denunciam desvio dos votos de Leonel Brizola>> Polícia Federal vai investigar Proconsult por pedido do TRE (28 de nov)
O presidente do TRE então solicitou ajuda ao Serpro para computar as eleições no Rio. Como, a cada dia continuavam sendo detectados novos erros nos boletins oficiais emitidos pelos computadores da Proconsult, no dia 30 de novembro o TRE suspendeu o trabalho da empresa, repassando a apuração para o Serpro.
>> Serpro diz que sistema da Proconsult não é confiável (29 de nov)
>> Serpro deve concluir hoje a auditoria da Proconsult (1° de dez)
Reunião no TRE confirma eleição de Brizola
Diante da grande repercussão das falhas da Proconsult e da pressão que ocorreu a partir do noticiário da Rádio JB e do Jornal do Brasil, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Marcelo Santiago, recebeu representantes do PDT e da empresa de processamento de dados para uma conversa a portas fechadas.
No 12° dia após a votação, o partido conseguiu apurar os votos de 17.007 das 17.560 urnas em todo o estado - o equivalente a 95% do total. A apuração só não chegou a 100% porque 553 boletins não puderam ser lidos por estarem em branco, ou por serem ilegíveis. O partido ficava com uma das cinco cópias dos boletins. De acordo com a apuração do PDT, o partido de Brizola tinha 31,3%, seguido de 28% do PDS, 19,5% do PMDB, 9,8% do PTB e 2,9% do PT.
O TRE, então, pediu que Maia enviasse os boletins para a sede do Tribunal, onde tudo passaria por nova contagem. "O presidente do TRE me perguntava o que o PDT queria. Nós exigimos uma recontagem de votos. Eu mandava os boletins para o TRE e depois de umas cinco ou seis horas me ligavam dizendo que o PDT tinha razão", recorda.
"Na análise dos boletins, peguei fraude também para deputado estadual que elegeu uma moça de Nova Iguaçu. Depois da apuração ser toda refeita, ficou comprovado: Brizola ganhou a eleição", orgulha-se o democrata, reconhecendo que o golpe foi derrubado graças ao papel da Rádio JB e do Jornal do Brasil naquela apuração.
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