- Senhor Presidente, Vereador Professor Rogério Rocal, Senhor Vereador Leonel Brizola Neto, Senhor Vereador Jefferson Moura, Senhor Vereador Renato Cinco, senhoras e senhores: hoje venho aqui, dentro das minhas atribuições de representar a população e trazer algumas reivindicações que já estão se arrastando ao longo do tempo. São, na verdade, reivindicações pontuais, mas de alto significado para a qualidade de vida das pessoas que moram nessas localidades.Através da mídia social, todos nós, Vereadores, recebemos reclamações, através da presença nossa na rua, mas através, principalmente, de um mecanismo que muitos usam - e eu uso bastante nas áreas em que atuo mais decisivamente -, como é o caso de Jacarepaguá e da Zona Norte.
Especialmente de Jacarepaguá, eu trouxe, hoje, cinco questões que já estão se arrastando, como já disse, que nós já oficiamos à Secretaria, ao Chefe do Executivo, e até através de indicações legislativas e, também, aduzindo através de alguns pronunciamentos nossos aqui.
A primeira questão nevrálgica é a questão das linhas de ônibus que foram suprimidas em Jacarepaguá, em consequência da implantação do BRT TransCarioca.
As pessoas... Eu vou mais uma vez me referir ao Secretário Municipal de Transportes, ao Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, que olhem com carinho a questão das pessoas que moram especialmente no eixo Gardênia Azul/Anil/Freguesia/Pechincha. Essas pessoas têm que pegar um ônibus que, quando passa, é de hora em hora, para transportá-las até o BRT, à estação do BRT Tanque. Chegando lá, se for em uma hora daquelas complicadas, - hora de rush -, não há como entrar no ônibus. Aí ficam mais um tempão esperando. Perdem, às vezes, compromissos inadiáveis, como exames, que marcaram em Madureira ou no Méier. Quando havia a linha 636, isso era resolvido. Com a supressão dessa linha, as pessoas têm que pegar um ônibus até o Tanque que, eu repito, nem sempre é pontual ou quase sempre não é pontual; ter a sorte de pegar o BRT e, depois, chegar ao Campinho, por ali, e pegar outro ônibus até Madureira, até o Méier ou até…
Então, eu apelo para que o Secretário Municipal de Transportes e o Senhor Prefeito façam uma avaliação dessa questão, que é extremamente… Isso acontece toda hora, não é possível que só venha a mim, não é possível! Os meios de comunicação, hoje, facilitam, o 1746… Não é possível! Tem que haver um pouquinho de humildade, sensibilidade, estudar se há erro… Pelo que sentimos, o clamor popular é muito grande. Nós pedimos, encarecidamente, que haja esse estudo em relação a essas linhas de ônibus.
Outra questão que está sem explicação é o problema do Centro de Referência de Pessoas Portadoras de Deficiência. Aí eu apelo à questão da direção da RioUrbe. Nós também oficiamos, mandamos uma indicação legislativa, já fizemos cobrança através de requerimento de informação, melhor dizendo, não indicação legislativa. Já solicitamos explicações do por que dessa obra estar paralisada há mais de quatro anos – Centro de Referência de Pessoas Portadoras de Deficiência. RioUrbe, por favor, pelo menos uma explicação. Porque nós estamos, lá na ponta, e as pessoas perguntam: “Vereador, o que está acontecendo?” Isso fica ali no Mato Alto, é um corredor que todo mundo vê, ao lado da Vila Olímpica do Mato Alto, muito frequentada. Então, nós solicitamos que nos deem uma explicação para que possamos até defender o porquê da obra estar parada. Deve haver uma explicação. É lógico! Talvez até plausível. Mas nós precisamos. Nosso papel é esse, levar a informação à população.
Terceira questão que se arrasta. Eu já falei sobre esse tema esta semana. A biblioteca de Jacarepaguá que tem um acervo maravilhoso, que tem um acervo em braile, está lá com infiltrações. O Senhor Vereador Leonel Brizola Neto já esteve lá visitando, também. Eu moro muito perto do local, frequento a biblioteca. Estão lá as janelas emperradas, não há climatização, há infiltração, além do que o próprio não é municipal. A família Parames está reivindicando a posse. É preciso verificar essa questão jurídica e, se nós vamos perder, transferir a biblioteca para um espaço público municipal ou acertar com a família, ou com a Justiça ou quem seja e, definitivamente, colocar a biblioteca em condições de ser frequentada pelas pessoas que usam. Nós temos que estimular a leitura, e a biblioteca de Jacarepaguá é a única para uma população de mais de 600 mil habitantes. Eu já venho martelando isso não é de hoje. Eu queria uma explicação. Eu soube que houve uma visita do Senhor Secretário Municipal de Cultura ao local, e nós não temos informação nenhuma para passar para o povo. Não adianta ele ir lá, falar com a direção e ficar a coisa entre quatro paredes. Aí não gostam que a gente fale. Tem que falar porque eu não vou ficar escutando o povo sem trazer para cá. Não adianta fazer cara feia. Tem que dar explicação porque eu não vou ficar sem essa explicação, sem dar a satisfação devida às pessoas que acreditam em nós e, por isso, nos procuram para falar. É só isso que eu peço: uma explicação – se possível, por escrito –, respondendo ao nosso requerimento de informação.
Outra questão que também já vem se arrastando: na Rua Francisca Sales foi feita uma obra para melhorar a questão das enchentes, há cerca de quatro anos. Nesta última chuva foi o caos! Ah, mas a chuva foi no Rio de Janeiro todo! Tudo bem! Mas, é preciso lembrar que as chuvas existem antes da existência humana! Às vezes, as autoridades se esquecem disso, pensando que as chuvas são algo acidental. E não são! As chuvas existiram antes da existência das bactérias, ou seja, muito antes do ser humano estar aqui! Além disso, as chuvas são previsíveis com a tecnologia à nossa disposição.
A Rua Francisca Sales é o caos e a obra está lá, inacabada! Estivemos lá com técnicos: não é aqui, não é ali, não somos nós!... Na verdade, sinto que tenho um compromisso grande com essa rua porque foi a rua em que nasci! A Rua Francisca Sales fica na Freguesia, em Jacarepaguá. Hoje eu moro na Praça Seca, mas nasci nessa rua. Então, vocês imaginam como sou cobrado: “Puxa, Célio, você nasceu aqui, os seus pais moraram aqui, seus avós moraram aqui, e você não faz nada pela Francisca Sales!” Eu procuro os técnicos que, sempre muito educados, vão ao local, mas continua o problema!
Isso tem que ter uma solução! Pelo amor de Deus, eu peço ao Senhor Secretário Municipal de Obras para enviar uma equipe lá para resolver o problema que, ali, não é uma coisa natural, o erro foi da própria execução da obra que deixou sequelas que não são resolvidas!
Nós estamos, lá na Praça Seca, com um movimento popular solicitando a revitalização, a reurbanização daquela praça. A Praça Seca tem problemas sérios! Eu faço, agora em abril, 69 anos de idade e 69 anos morando em Jacarepaguá. Pouca gente conhece o bairro como eu! A Praça Seca era o centro de lazer, o centro cultural, enfim, era a vida social do bairro. É claro que hoje já existem outros polos que surgiram, a Freguesia cresceu, a Taquara cresceu. Mas, a Praça Seca ainda é ainda um símbolo! É onde está a Administração Regional de Jacarepaguá, onde está a Prefeitura? A capital de Jacarepaguá é a Praça Seca porque ali está a Administração Regional e os órgãos principais, a fiscalização, Guarda Municipal, IPTU, fica tudo ali.
No entanto, a Praça Seca tem um coreto que está abandonado. A Guarda Municipal fica em frente, a 7ª GM e, no entanto, o coreto está lá cheio de mendigos, fezes, todo quebrado. O chafariz, que nós mesmos, anteriormente, solicitamos, está lá, abandonado, com água parada e proliferação de mosquitos. Os canteiros foram ocupados inadequadamente pela Academia da Terceira Idade, que poderia estar entre os canteiros e não sobre! Sobre os canteiros deve ter plantas, grama! Isso não está sendo corrigido e nós estamos pedindo!
Nós estamos, então, fazendo esse movimento. Vamos encaminhar ao Senhor Prefeito e aos vários órgãos que precisarão atuar, porque são várias falhas, vários problemas. Estamos solicitando aos responsáveis por cada setor que realmente deem o devido valor à capital de Jacarepaguá, a Praça Seca.
Senhor Presidente, muito obrigado.