A Copa do Mundo nada mais é que um evento do futebol para
que a FIFA e os megaempresários patrocinadores ganhem muito dinheiro.
Para isso, a entidade privada interfere, de modo abusivo na
administração pública dos países que servem de sede, a ponto de
atropelar as leis e os costumes, submetendo os governantes débeis aos
seus interesses comerciais, sem o menor escrúpulo. A FIFA ordena e o
governo obedece, mesmo à custa do sofrimento das pessoas.
Em
junho do ano passado, a população brasileira foi às ruas e mostrou o
seu descontentamento em relação aos gastos de bilhões e bilhões de reais
para reforma e construção de estádios, enquanto a precariedade nos
serviços de saúde pública ceifam vidas de milhares de brasileiros, por
falta das condições mínimas de trabalho para os profissionais, como
ausência de macas, de ambulâncias, de algodão, de medicamentos, de
esparadrapo, além do total abandono das estruturas dos hospitais e de
outras unidades de saúde, sem falar no salário vergonhoso.
O
cenário caótico e desumano visto na saúde é percebido em outras áreas,
como na educação, na habitação, no saneamento básico, na segurança
pública, na mobilidade urbana, na geração de emprego e renda, na
distribuição de riqueza e nas demais políticas públicas.
O
caso dos presídios do Maranhão, condenado pelas Organizações
Internacionais, é apenas a ponta de um iceberg. Em todos os presídios
brasileiros, está ocorrendo, embora não devidamente noticiado, o mesmo
problema. No Brasil, a Segurança Pública se resumiu, nesses últimos
anos, a uma mentira, a uma verdadeira fraude eleitoreira chamada UPP. Ao
ocupar militarmente as comunidades carentes da cidade do Rio de
Janeiro, criou-se, em um primeiro momento, para a Mídia e para parte da
população, a falsa impressão de que o crime estava sob controle. Passada
a euforia inicial, percebe-se que nada mudou.
Os
arrastões nas praias da Cidade do Rio de Janeiro, os desaparecimentos de
pessoas sem explicação até hoje, os conflitos nas favelas e no asfalto,
as ações de remoção de casas ou barracos sem uma política habitacional
prudente são ingredientes que fomentam as tensões sociais. E a corrupção
é o tempero maior. As pessoas estão vendo tudo isso. E anotando.
Os
governantes e os maus políticos viam na Copa do Mundo a ser realizada
no Brasil, poucos meses antes das eleições, um palanque para enganar os
eleitores. Para sua surpresa, vieram as manifestações populares por todo
o país em de junho de 2013, ficando evidente que o povo gosta de
futebol, torce para o sucesso da seleção brasileira, mas não será
iludido pela máquina de propaganda do governo, dos patrocinadores do
evento nem da Rede Globo, os grandes beneficiários da Copa do Mundo.
De agora até junho, preocupados com o que poderá acontecer, eles vão inundar os jornais, as rádios e as emissoras de TV com propagandas ufanistas, tentando desviar o foco, tratando a seleção como PÁTRIA, despertando pseudopatriotismo e, com isso, vão procurar diluir o interesse das pessoas pelas verdadeiras mudanças sociais.
De agora até junho, preocupados com o que poderá acontecer, eles vão inundar os jornais, as rádios e as emissoras de TV com propagandas ufanistas, tentando desviar o foco, tratando a seleção como PÁTRIA, despertando pseudopatriotismo e, com isso, vão procurar diluir o interesse das pessoas pelas verdadeiras mudanças sociais.
Tudo
leva a crer que a população voltará às ruas, de forma pacífica, e
mostrará ao Mundo que não somos um povo alienado nem um bando de
ignorantes manipuláveis pelo sistema construído para perpetuar a
corrupção e para manter os miseráveis na miséria e permitir que os
ladrões do dinheiro público fiquem cada vez mais ricos, engordando suas
contas bancárias nos paraísos fiscais.