quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A COPA DO MUNDO SERÁ UMA DOR DE CABEÇA PARA OS MAUS POLÍTICOS GOVERNANTES.

A Copa do Mundo nada mais é que um evento do futebol para que a FIFA e os megaempresários patrocinadores ganhem muito dinheiro. Para isso, a entidade privada interfere, de modo abusivo na administração pública dos países que servem de sede, a ponto de atropelar as leis e os costumes, submetendo os governantes débeis aos seus interesses comerciais, sem o menor escrúpulo. A FIFA ordena e o governo obedece, mesmo à custa do sofrimento das pessoas.
Em junho do ano passado, a população brasileira foi às ruas e mostrou o seu descontentamento em relação aos gastos de bilhões e bilhões de reais para reforma e construção de estádios, enquanto a precariedade nos serviços de saúde pública ceifam vidas de milhares de brasileiros, por falta das condições mínimas de trabalho para os profissionais, como ausência de macas,  de ambulâncias, de algodão, de medicamentos, de esparadrapo, além do total abandono das estruturas dos hospitais e de outras unidades de saúde, sem falar no salário vergonhoso.
A prestação de saúde à população está consignada na Constituição Brasileira, sendo, por isso, um imperativo para os governantes; é um direito fundamental de todos os cidadãos, mas as autoridades brasileiras simplesmente ignoram esse fato.O caos da saúde pública não foi resolvido pela privatização como já era de se esperar. E também não o será com a importação de médicos. As causas não estão sendo enfrentadas pelos governos federal, estaduais e municipais. Estão jogando para a torcida com o programa Mais Médicos. Estão tratando câncer com analgésico. Estão produzindo factóides. São levianos!...
O cenário caótico e desumano visto na saúde é percebido em outras áreas, como na educação, na habitação, no saneamento básico, na segurança pública, na mobilidade urbana, na geração de emprego e renda, na distribuição de riqueza e nas demais políticas públicas.
O caso dos presídios do Maranhão, condenado pelas Organizações Internacionais, é apenas a ponta de um iceberg. Em todos os presídios brasileiros, está ocorrendo, embora não devidamente noticiado, o mesmo problema. No Brasil, a Segurança Pública se resumiu, nesses últimos anos, a uma mentira, a uma verdadeira fraude eleitoreira chamada UPP. Ao ocupar militarmente as comunidades carentes da cidade do Rio de Janeiro, criou-se, em um primeiro momento, para a Mídia e para parte da população, a falsa impressão de que o crime estava sob controle. Passada a euforia inicial, percebe-se que nada mudou.
Os arrastões nas praias da Cidade do Rio de Janeiro, os desaparecimentos de pessoas sem explicação até hoje, os conflitos nas favelas e no asfalto, as ações de remoção de casas ou barracos sem uma política habitacional prudente são ingredientes que fomentam as tensões sociais. E a corrupção é o tempero maior. As pessoas estão vendo tudo isso. E anotando.
Os governantes e os maus políticos viam na Copa do Mundo a ser realizada no Brasil, poucos meses antes das eleições, um palanque para enganar os eleitores. Para sua surpresa, vieram as manifestações populares por todo o país em de junho de 2013, ficando evidente que o povo gosta de futebol, torce para o sucesso da seleção brasileira, mas não será iludido pela máquina de propaganda do governo, dos patrocinadores do evento nem da Rede Globo, os grandes beneficiários da Copa do Mundo.

De agora até junho, preocupados com o que poderá acontecer, eles vão inundar os jornais, as rádios e as emissoras de TV com propagandas ufanistas, tentando desviar o foco, tratando a seleção como PÁTRIA, despertando pseudopatriotismo e, com isso, vão procurar diluir o interesse das pessoas pelas verdadeiras mudanças sociais.  
Tudo leva a crer que a população voltará às ruas, de forma pacífica, e mostrará ao Mundo que não somos um povo alienado nem um bando de ignorantes manipuláveis pelo sistema construído para perpetuar a corrupção e para manter os miseráveis na miséria e permitir que os ladrões do dinheiro público fiquem cada vez mais ricos, engordando suas contas bancárias nos paraísos fiscais.