sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

EDUCAR É A MELHOR FORMA PARA PREVENIR.

A Prefeitura do Rio usará sirenes e agentes comunitários para avisar à população sobre temporais.Pelo Projeto, haverá 1875 agentes comunitários com celulares entregues pela Prefeitura para receber,por SMS,alertas da defesa Civil e divulgar a informação em 25 das 117 comunidades localizadas em áreas de alto risco no Maciço da Tijuca.Segundo levantamento da Geo Rio, nessas comunidades ,há 18 mil imóveis,onde vivem cerca de 72 mil pessoas.

De acordo com engenheiros geotécnicos, especializados na montagem de sistemas de alerta para deslizamentos de terra e enchentes,não adianta emitir alarmes,se a população não for avisada de forma eficiente.Eles defendem que os planos de contingência sejam acompanhados de ações educativas para treinar as pessoas a ficarem alertas,enquanto as defesas civis e os meios de comunicação locais devem ser integrados num plano de divulgação.

Em países acostumados a sofrer com terremotos,maremotos,tsunamis,erupções vulcânicas,furacões e outros sinistros naturais, as crianças,desde tenra idade e nas primeiras leituras,já são informadas sobre esses acidentes.Através de histórias em quadrinhos, jogos infantis,palavras cruzadas,gibis, filmes e outros mecanismos pedagógicos,elas recebem noções a  respeito de geologia, de formação de terremotos e de tsunamis e sobre as formas de conduta preventiva para cada caso.

Os jovens e os adultos são treinados periodicamente; os meios de comunicação colaboram; todas as entidades como igrejas,clubes de serviço, associações de moradores e escolas se envolvem nos processos de esclarecimento a respeito da prevenção e das medidas a serem adotadas durante os eventos catastróficos.Há uma sinergia em torno da questão ,que é previsível,como as nossas chuvas ,os nossos alagamentos e os nossos deslizamentos.Lá,os governos fazem sua parte,ou seja,lutam para a disponibilização de recursos orçamentários e os aplicam efetivamente nessas questões.

Tememos pelo tocar das sirenes sem que a população tenha sido efetivamente educada e treinada para esses momentos.Pode ocorrer como o estouro da boiada e os acidentes e as mortes serão muito mais intensos.Portanto,antes de se pensar em qualquer ação coletiva,tratando-se de grande população,deve-se pensar na educação específica para a prevenção e para as ações que reduzam os casos fatais.O exemplo da pequena cidade que usou carro de som e evitou mortes na  Região Serrana do Rio foi bem sucedido,mas tem que se levar em conta a situação geográfica,as rotas de fuga e outros aspectos que,no caso,foram favoráveis.Não estamos certos de que só isso seria suficiente para evitar o que vimos nas encostas de Friburgo,Teresópolis e Petrópolis. 

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