Devemos ter cuidado sobre o que falamos ou escrevemos,pois,dependendo do momento,dos ouvintes ou leitores,das circunstâncias daquele momento,do local e do tom utilizado,podemos gerar problemas e conflitos insolúveis.A partir dessa premissa,inferimos que os que ocupam posição de destaque no grupamento social não podem proferir conceitos sem o esmero adequado.
Na semana corrente,o Presidente Lula,em Angra dos Reis,declarou,ao lado do Governador Cabral,que "a Polícia entra na comunidade e só bate em quem deve bater".Ele foi muito claro dizendo: "Nós não vamos mandar para cá a polícia apenas para bater.A polícia vai vir para cá para bater em quem tem que bater".Por que a Polícia tem que bater,Presidente? E em quem? Essa não é a sua atribuição.
Onde estamos? Rasgamos a nossa Constituição? Em seu Artigo 5,inciso III está escrito:"Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante".Bater não é tratamento desumano?
Em que tempo estamos? Há dezenas de anos,nos países democráticos,quem julga e define a pena é o Poder Judiciário.E a pena de sacrifício corporal foi banida.Como será possível um policial julgar no clima de estresse emocional em que traballha? Será que Lula decretou o fim do Judiciário?
Pergutamos a Lula:quem decidirá se o policial deve bater e em quem? Se lembrarmos que os policiais vivem ,no Rio,em constantes conflitos e com salários que os obriga a fazer "bicos",pouco se dedicando ao lazer e à família,que condições emociaonais eles teriam para "julgar e aplicar a pena",se isso lhes fosse permitido por Lei?
Declarações como esta incitam alguns policiais a cometer enganos como o que ocorreu,há menos de uma semana,em Jacarepaguá,quando atiraram de fuzil contra um carro no qual se encontravam um Juiz do Trabalho e seus familiares,sem a menor razão explicável.Lula,Lula...Cale a boca ! E vá trabalhar! Ninguém merece ouvir tanta bobagem...
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