Houve época em que as crianças,dependendo do sexo,recebiam como presentes brinquedos do tipo caminhão de bombeiro,bonecas,palhaços e outros cuja simplicidade e inocência não perturbavam a formação da personalidade.Ao contrário,serviam de estímulos positivos.Havia cuidado na seleção.Brinquedos como armas de fogo não eram comercializados ou não eram entregues às crianças.
As famílias se reuniam nas praças,nos parques e nos clubes,o que proporcionava a integração das crianças , a troca de experiências e a socialização e as brincadeiras eram,também,as mais inocentes e traduziam muito do nosso folclore.Vivia-se em Comunidade.Com a massificação da venda de aparelhos de TV,as famílias passaram a ter hábito de permanecer em casa,presas às novelas e às outras programações nem sempre recomendáveis,principalmente para as crianças.Em cada cômodo da casa se instalou uma TV e ,por via de consequência,o isolamento dos membros das famílias se consolidou.
Cada um vê o que quer.Os pais não acompanham o que os filhos(crianças) escolhem;sumiu o diálogo.A interação e a troca de experiências se sublimaram.As informações são recebidas e pronto.Com o advento da Internet,este cenário se aprofundou.Paralelamente a isto,os brinquedos ficaram brutos,com toques de agressividade e nenhuma característica pedagógica.
Não foi sem motivo que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária(CONAR) pediu a retirada urgente de propaganda do brinquedo Roma Tático Móvel,do fabricante Roma Jensen Presentes,que faz alusão ao CAVEIRÃO do Batalhão de Operações Especiais(BOPE).O brinquedo traz um caminhão policial com dois oficiais armados e a publicidade traz crianças que simulam estar em ação policial.De acordo com o CONAR, a propaganda do brinquedo é abusiva por conter apelo explícito ao público infantil e por se utilizar de simbologia vinculada à violência. A Sociedade deve repelir a comercialização destes materiais altamente lesivos às crianças.
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