Nós, cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, em 05 de outubro, elegeremos 40 deputados federais e 70 deputados estaduais. Faremos alguma mudança? Ou manteremos todos os que lá se encontram, sem nada produzir de bom para a população e servindo, apenas, aos interesses dos grandes grupos econômicos?
A indignação da população com os políticos é muito grande no período que antecede as eleições. Nos bares, nas praças, nas escolas, nas igrejas, nos teatros, nos campos de futebol e por todo canto se houve dizer que os políticos não valem nada. Faz-se até uma certa injustiça, porque há, com certeza, um pequeno grupo bem intencionado que, por motivos diversos, não consegue produzir tudo de bom que gostaria.
Em junho de 2013, nas manifestações de rua por todo o País, essa indignação se mostrou evidente. Muito bem! Chegou a hora do acerto de contas! Se a participação nas ruas não obteve o resultado desejado, a resposta deve ser dada agora. É hora de não eleger os que deram as costas para os apelos do povo.
Como em todas as profissões e atividades humanas, há gente boa e gente que não vale nada. Há, pois, bons e maus políticos. Também como em todas as atividades humanas, as pessoas do mal são mais ousadas, mais caras de pau, mais insinuantes e envolventes e tomam as iniciativas, inibindo a parcela que se cala e acaba, por omissão, permitindo aberrações e se deixando levar pelas atrocidades cometidas pelos maus.
Tenho receio de que os mesmos políticos malfeitores tenham sido reeleitos na sua maioria. Por que será que isso acontece sempre? Quais são as causas que levam "esses bandidos" da política a serem reeleitos sempre e, cada vez mais, com um número maior de votos, a despeito de nada produzirem de bom para a população?
Seriam o sistema político e a lei eleitoral que permitem a candidatura até de homicidas, desde que não tenham sido condenados por um colegiado? Será que a lei eleitoral colabora ao aceitar propagandas com gastos de valores estratosféricos, usando dinheiro de origem duvidosa? Será que os partidos têm sua parcela de culpa, por não selecionarem bem os seus candidatos? Seria o governo estadual e a secretaria de segurança pública culpados por admitir os currais eleitorais dominados pelos traficantes e pelos milicianos? Ou seriam os eleitores que, mesmo sabendo das práticas ilícitas desses elementos, dão-lhes o voto?
Por que não disciplinar a propaganda no rádio e na TV, dando tempos iguais para todos os partidos e todos os candidatos? Sabe-se que, deixando ao sabor dos partidos, eles escolhem os chamados" puxadores" de votos, geralmente artistas, apresentadores de programas de rádio e TV, jogadores de futebol, ou seja, gente que entra no parlamento e não sai mais, pela sua constante exposição na Mídia, o que inibe a renovação.
Por que não limitar o número de placas, de panfletos e de cabos eleitorais? Se isso não for feito, só os que já têm mandato e os que são patrocinados por megaempresários têm condição de divulgar seus nomes e alcançar os eleitores desavisados. A dificuldade para a divulgação de um novo nome é um fator que impede a renovação do quadro político. Só os detentores de elevados recursos financeiros se beneficiam com esse modelo. Muitas vezes, o eleitor quer renovar, mas só tem conhecimento dos mesmos. E fica assim!
As " velhas raposas", os malfeitores, os corruptos e os fisiológicos voltarão aos seus postos e continuarão a se locupletar da ignorância política dos brasileiros e a fazer seus negócios sombrios, enriquecendo as suas contas nos paraísos fiscais. Quem quiser comprovar, procure, hoje, na internet, a lista dos 513 deputados que estão na Câmara Federal e os 70 estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e compare com a que será publicada em 06 de outubro. QUEM VIVER VERÁ !