O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio (Crea-RJ) vai fazer, na tarde desta terça-feira, uma vistoria no Hospital Universitário Clementino Fraga, na Ilha do Fundão. A intenção é averiguar as condições estruturais de três andares do prédio que, segundo funcionários, estariam com fendas e pedaços da estrutura desabando.
Enormes rachaduras nas paredes, no teto e, até mesmo, no chão do centro cirúrgico acenderam o sinal de alerta para a situação do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão. De acordo com a denúncia de funcionários desta segunda-feira, após um longo tempo tempo da existência da fenda, areia e fragmentos de concreto caíram na unidade de saúde.
As falhas podem ser observadas na enfermaria (9º andar), no centro cirúrgico (12º andar) e na área da residência médica (13º andar). As rachaduras teriam aumentado no final do ano passado, após a implosão de parte da unidade.
Em nota, o hospital afirmou, citando o parecer técnico (10/9) do engenheiro Ernani Diaz, professor da UFRJ, que "a mudança climática favorece a dilatação e possíveis recalques que 'não oferecem risco e não alteram a rotina de funcionamento do hospital'. O reforço definitivo de dois pilares já está sendo executado e a região está sendo monitorada diariamente".
Segundo o hospital, 22 cirurgias foram adiadas no fim desta manhã por causa de uma vistoria realizada no local por engenheiros da COPPE/UFRJ. O objetivo é verificar se houve progresso da abertura na junta de dilatação, a fim de certificar se este é um fenômeno progressivo ou não. As outras rotinas teriam sido mantidas. O resultado do laudo técnico deve sair até a noite desta terça.
Cerca de 200 funcionários e 150 pacientes estão no hospital. Com o incidente desta segunda, alguns médicos não queriam nem ficar dentro do hospital. Durante a madrugada desta terça-feira, equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil foram para o local. A vistoria terminou por volta das 5h. ( Fte : Dia)
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