sábado, 28 de maio de 2011

MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGARÁ CICLOVIA DE R$ 20 MILHÕES.

É claro que em tempos de efeito estufa e de aquecimento global , afetando o Ecossistema e a nossa qualidade de vida , todas as iniciativas para reduzir o lançamento de gases na atmosfera como o CO2 são elogiáveis. Estimular o uso de bicicleta e , obviamente , construir ciclovias são iniciativas pertinentes ao Poder Público. A Natureza agredece e nós todos somos os beneficiados com isso. O número de automóveis , caminhões , motos e outros veículos poluentes já ultrapassou os limites suportáveis.


Apesar disso , há meses , estamos observando , com apreensão , uma proliferação de ciclovias pela Cidade e notamos que muitas delas estão mal colocadas. Há casos em que , além de não se prestarem ao objetivo principal que é estimular o uso efetivo de bicicletas, os ciclistas e os donos de imóveis por onde elas passam terão aborrecimentos que desembocarão em conflitos e acidentes até fatais. Aqui na Praça Seca , por exemplo, na Rua Luiz Beltrão, há trechos completamente inaceitáveis para essa prática. Parece que não houve critério para seleção dos lugares ideais. Calçadas ficaram estreitas ; os pedestres não terão liberdade nas calçadas ; os cadeirantes e as mães que circulam com carrinhos de bebê ficarão apavorados ; os motoristas , ao saírem de suas garagens com seu automóveis , terão que prestar muita atenção , pois não há visibilidade para percepção de aproximação de ciclistas nem sinalização sonora para que os ciclistas saibam que carros sairão de suas garagens..

Se não bastassem esses problemas , o Ministério Público vai investigar os gatos de R $ 20 milhões na construção da ciclovia inaugurada pelo Prefeito no domingo- 22/7- que está cheia de problemas. Bastou uma chuva para que erros técnicos viessem à tona. A Ciclovia milionária teve obra com preço de rodovia e vai ser alvo do MP e pode gerar CPI na Câmara dos Vereadores. Os seus 22 km entre Campo Grande e Santa Cruz já apresentam problemas como obstáculos e rachaduras na pista , apesar de cada quilômetro ter custado mais que o de uma estrada , segundo os técnicos.Há indícios de superfaturamento. O Tribunal de Contas do Município também acolheu representação especial para uma inspeção na mesma.

O Engenheiro assessor da presidência do Crea-RJ constatou que a ciclovia passa a centímetros da porta de casas e lojas. Ele classificou de " quebra-galho" o que viu e afirmou que o dinheiro foi mal empregado. Segundo técnicos que vistoriaram a ciclovia, além de problemas de postes e orelhões no meio da pista e rachaduras , há formação de poças d'água . Há,também, fendas cortando a pista de uma margem à outra. Há trechos tão estreitos na pista que uma bicicleta mal consegue ultrapassar a outra. Se o ciclista perder o equilíbrio, cairá na rua. Na Rua Telles , no Campinho , há um trecho destinado à ciclovia que , além de reduzir a rua , prejudicando motoristas , está em lugar mal iluminado e de grande risco para a segurança. Com certeza , não houve critérios para a implantação desse sistema tão necessário em alguns lugares da Cidade.

Um comentário:

  1. Se os tribunais de contas atuassem com isenção (o que é muito difícil, dada a indicação ao chefe do executivo), a prestação de contas ficaria mais digna.

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