quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ilegalidades nas Clínicas da Família ?

Os casos de ilegalidades nos serviços públicos estadual e municipal, por má gestão ou negligência , começam a preocupar a população. Há poucos meses, foi decoberto o caso do falso coronel que chegou a comandar ações policiais , a treinar policiais e a participar de reuniões sigilosas do Comando da Segurança Pública , após ludibriar as autoridades de diversos setores especializados. Desmascarado , foi preso , mas recebeu da Mídia, tratamento de autoridade, na medida em que foi entrevistado com pompa em programas de grande audiência em TV. Agora, está sendo incentivado a escrever um livro contando sua trajetória ,sob o título "As Gemadas do Coronel sem Estrelas", e a qualificar os policiais em quatro tipos: inteligente com iniciativa , inteligente sem iniciativa , burro sem iniciativa e burro com iniciativa, além de questionar a própria formação na Polícia Civil. Trata-se de uma inversão de valores. Onde estamos? Depois, quando aparecem os monstros nas escolas, ficamos ou fingimos ficar perplexos , pois o tempo tempo, admiramos, enaltecemos e reverenciamos os mentirosos, os espertos ,os que gostam de levar vantagem em tudo, os malandros , os corruptos e os vagabundos.


Hoje , os jornais publicam casos de pacientes de Clínicas da Família que são examinados e medicados por profissionais de enfermagem na Zona Oeste. Em vez de médicos , quem atende são os enfermeiros. Os pacientes destas clínicas em Sepetiba e em Santa Cruz , afirmam que , no lugar de médicos ,são enfermeiros que atendem , examinam e até prescrevem nos consultórios. Esses profissionais de enfermagem atendem e depois liberam os pacientes sem supervisão de médicos. Ainda segundo as reportagens , enfermeiros assinam pedidos de exames como hemograma completo e outros. Há ainda o artifício de ,onde há apenas um médico, os enfermeiros atendem , prescrevem os medicamentos, saem do consultório e retornam com a assinatura de um médico que o paciente não teve a oportunidade de ver. Alguns pacientes desconfiados com o diagnótico procuram um médico fora dessas clínicas e são informados de que o diagnóstico anterior era falho.

Membros do Conselho Regional de Medicina ( CREMERJ ) afirmaram que isso é uma ilegalidade, uma forma de enganar a população.Todos vestem branco e ninguém sabe se são médicos ou não. Até os enfermeiros obstétricos só podem atender supervisionados por um médico. O presidente do sindicato dos Médicos de Rio de Janeiro disse: " O médico deve estar presente na sala com a enfermeira. A supervisõa é um ato de presença física do profissional. Não existe supervisão à distância. A enfermeira pode deixar de perceber algo que um médico prceberia". O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio (Coren-RJ) disse que enfermeiro não pode transmitir prescrição.

Essa é mais uma discussão séria que deve ser avaliada com muito esmero. Onde estão os Vereadores que tratam do tema Saúde Pública ? Onde estão os Parlamentares que têm base na Zona Oeste e não levantam a questão? Estão mais preocupados com os seus Centros Sociais?..

Nenhum comentário:

Postar um comentário