quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A FÁCIL DECISÃO DE MARINA SILVA.

A posição de neutralidade não é plausível em qualquer campo de atividade humana,muito menos na Política.A neutralidade,leia-se omissão,é mais condenável ainda, quando é praticada por pessoas que representam os anseios de uma coletividade.É o atual caso da ex-senadora e ex- ministra Marina Silva que obteve cerca de 20% dos votos válidos no primeiro turno.Nenhum brasileiro pode se omitir no segundo turno das eleições ,muito menos uma liderança nacional como ELA.Não pode ficar em cima do muro.Como representante legítima de muitos interesses nacionais sua posição será decisiva.Não se espera de um LÍDER a omissão.Se há dois caminhos a seguir,o Líder tem que indicar um.

E não é difícil a escolha para ela.Basta que ela se lembre dos embates frequentes com Dilma e com Lula,sempre estando ela ao lado do interesse nacional e Dilma e seu criador ao lado dos interesses de empreiteiros.Dilma a tratou sempre com deboche ,com autoritarismo (atitudes apoiadas por Lula e pelo PT) e com o depreciativo como "minha filha" para mostrar seu Poder.O convívio entre elas no Governo Lula sempre foi conflitante.Dilma jamais ouviu Marina.Desprezou-a simplesmente.

MARINA e DILMA pugnaram em lados opostos no caso da BR-319 que liga Manaus a Porto Velho e atravessa 700 km de terra de ninguém; no caso da BR-163,projeto para fazer da Cuiabá-Santarém uma estrada sustentável ; no caso da hidrelétrica Barra Grande,no Sul do País,que foi construida com EIA-RIMA fraudado,onde a energia a ser gerada era pequena para tanto estrago e para convalidar um crime,alagando uma área de Mata Atlântica com Araucárias;no caso das usinas do Rio Madeira,onde houve um embate amazônico e Lula debochou,dizendo que era "briga por um bagre".

No caso de Belo Monte,Dilma ,mais uma vez,mostrou sua arrogância e de forma explícita para prevalecer suas vontades e as dos empreiteiros.Para ela e para Lula,as consequências ambientais não podem atrapalhar as obras do PAC.O Meio ambiente que se dane;o negócio é atender aos empreiteiros e amealhar votos.O Meio Ambiente depois se acerta...Lula e Dilma chegaram a dizer que os fiscais do Meio Ambiente só servem para atrapalhar o crescimento do País."Eles devem fazer vista grossa",disseram,em relação às obras do PAC condenadas pela Fiscalização.

Diante de tantas diferenças contundentes,como Marina Silva poderá apoiar Dilma ou ficar omissa? Se,quando as duas eram ministras,portanto,no mesmo patamar,a Dilma pisou em Marina,na possibilidade de Dilma presidente,que voz Marina(sua desafeta,no campo da defesa dos interesses coletivos) terá?
Não se justifica tanta reunião para decidir sobre o óbvio.Só há um caminho para ela.E PRONTO...

Um comentário:

  1. Maria Alice Niederauer7 de outubro de 2010 às 16:34

    Nossa, Célio, que texto maravihoso. Vou divulgá-lo! Parabéns!

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