sábado, 15 de fevereiro de 2014

GOVERNO E " ELITE PERVERSA E EGOÍSTA " QUEREM CRIMINALIZAR AS MANIFESTAÇÕES POPULARES NO BRASIL.

O povo brasileiro é considerado pacífico. Sinceramente, não sei se isso é bom ou ruim. Por nossa formação miscigenada, por razões histórica e religiosa, temos um perfil diferente da maioria, senão da totalidade, das nações. Não conquistamos, por nossas lutas, a nossa Independência; a Abolição da Escravidão foi nos outorgada; a República surgiu de cima para baixo e as nossas leis trabalhistas são decorrentes de influências das lutas de imigrantes italianos. Enfim, não nos acostumamos a batalhar pelos nossos direitos. Enquanto, na Europa, as greves são consideradas movimentos justos de classes e inteiramente respeitadas pelos cidadãos de lá, aqui, é quase um ” delito ” que só falta ser tipificado no Código Penal. Se uma pessoa se diz grevista, é olhada como se fosse uma criminosa.

As manifestações contra o aumento das passagens de ônibus, em junho de 2013, que, depois, se transformaram em megaeventos políticos ordeiros contra tudo o de errado que há nesse País, como, por exemplo, a corrupção nos governos, o mensalão, a impunidade, as péssimas condições de saúde e de educação pública, a falta de segurança, os elevados índices de criminalidade, os péssimos meios de transporte, os gastos abusivos com a Copa do Mundo, incomodaram os detentores do Poder e as elites que não desejam mudanças há mais de 500 anos.

Surpresos, os maus políticos, parte da Mídia corrupta e outros segmentos da Sociedade Brasileira, ficaram atônitos, no primeiro momento. As passeatas eram emocionantes, reuniam, pelas redes sociais, jovens, idosos e até crianças, em defesa de múltiplas questões, já que o Brasil se tornou um grande mosaico de ocorrências de roubos e furtos por gente do Poder e de inúmeras fontes de insatisfações da massa popular. Não havia uma liderança única a polarizar as reivindicações; não havia único um grito por justiça social; havia grupos diferentes nos motivos, mas todos voltados contra o caos nos serviços públicos e a roubalheira instalada nos poderes federal, estadual e municipal, contaminando o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. O povo queria mudar; e, se possível, mudar tudo e iniciar uma nova Nação. Parecia a repetição da ” Queda da Bastilha”

Passadas a surpresa e a perplexidade iniciais, os “engenheiros do mal”, gente paga pelo “sistema político” em todos os países subdesenvolvidos política e culturalmente, como o nosso, para distorcer fatos e manipular massas populares, começaram a engendrar estratégias para acabar com os apelos das ruas que já ultrapassavam nossas fronteiras e escandalizavam o Mundo, colocando ” nuas” aquelas mentiras propagadas pela Mídia paga de que o Brasil era o País ideal para realizar a Copa do Mundo e que seu povo vivia satisfeito com educação, saúde, transporte, saneamento e demais serviços essenciais. A máscara havia caído.

E esses “engenheiros” usaram de uma estratégia simples: atacar a população no que ela tem de mais significativo, ou seja, sua generosidade, sua fraternidade, sua emoção. Não foi difícil infiltrar pessoas remuneradas para gerar conflitos violentos, principalmente, no Rio de Janeiro e em São Paulo, centros de maior visibilidade. Tais ações deveriam ocorrer, como se verificaram, de preferência, nos momentos de dispersão, para dar chance à Mídia de veicular, com jornalistas comunicadores de boa oratória e tocar no íntimo de cada cidadão, mostrando que o ” vandalismo” poderia atingir a todos os brasileiros. E o plano macabro foi colocado em prática para desmobilizar o povo. Deu certo em junho de 2013 e vem se repetindo. Hoje, as pessoas temem participar dos eventos cívicos para protestar contra os abusos que os maus políticos aliados aos maus empresários cometem, aos montes e impunemente. O pavor se instalou.

Agora, eles partem para a segunda etapa de seu plano diabólico, já que falta pouco mais de três meses para a chegada das delegações esportivas das seleções que vão participar da Copa do Mundo. Tomando como exemplo o acidente que ceifou, de forma triste, a vida do cinegrafista de uma Rede de TV, querem e vão, se não houver uma reação à altura, criminalizar as manifestações de descontentamento com as safadezas cometidas por essa GENTE CORRUPTA QUE NOS GOVERNA. Será a institucionalização da ” mordaça” nos descontentes. Será uma forma de ditadura que cala os oprimidos e facilita a roubalheira oficial com apoio dos próprios oprimidos. Pobre povo brasileiro!