quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O sofrimento de uma população abandonada pelas autoridades responsáveis pela Segurança Pública no Rio de Janeiro.

MORADORES E COMERCIANTES DE RICARDO DE ALBUQUERQUE, GUADALUPE, ANCHIETA, MARIÓPOLIS, PAVUNA, ACARI, PARQUE ANCHIETA, COSTA BARROS, BARROS FILHO, COELHO NETO, DEODORO E MARECHAL HERMES PEDEM SOCORRO !

No ano de 1971, tive a oportunidade de conhecer os bairros de Anchieta, Ricardo de Albuquerque e Guadalupe, quando, em visita a casa de amigos. Dois anos depois, o destino me levou a trabalhar na Escola Municipal Alexandre Farah, em Ricardo de Albuquerque. Quando cheguei, fiquei encantado com o local, pois era um bairro simples, residencial e acolhedor. Fui professor regente de turma, coordenador de turno e diretor dessa Escola. Só em 2001, afastei-me para exercer outro cargo de maior porte na Prefeitura do Rio de Janeiro. Foram quase 30 anos vivendo e trabalhando nessa querida Escola. Ao longo desse tempo, pude viver os problemas de Guadalupe, Costa Barros, Anchieta, Deodoro, Acari e Pavuna, pois muitos de nossos alunos vinham desses locais.

Como professor de Ciências, em 1980, organizei, com um grupo de alunos e professores, um levantamento dos aspectos social, econômico, cultural, histórico, geográfico, habitacional e de saúde pública das áreas de Ricardo de Albuquerque, Pavuna, Mariópolis, Anchieta, Parque Anchieta e Guadalupe, apresentando tal estudo, por meio de maquetes e cartazes, na Praça Cláudio de Souza, em Ricardo, para conhecimento da população e das autoridades.

No período de junho de 1984 a junho de 1985, dirigi a Escola Municipal Comandante Arnaldo Varela, na Pavuna, antiga estrada Rio do Pau, próximo ao Conjunto da Marinha. Lá conheci o Sr Crisóstomo como líder comunitário ( hoje já falecido e seu nome substitui Estrada Rio do Pau). Foi outra bela experiência de vida. Local aprazível e com gente muito boa. Até hoje, tenho amigos e parentes que lá residem. Ampliei meu conhecimento sobre essas comunidades pacíficas e ordeiras.

Hoje, após as instalações das UPPs em algumas comunidades, não resta a menor dúvida de que ocorreu migração de bandidos para esses Bairros. Estamos falando de bairros basicamente residenciais, que apresentam um elevado índice demográfico, com pessoas que trabalham, na maioria das vezes, no Centro da Cidade, e que precisam chegar à casa para descansar, curtir a família e se preparar para a jornada do dia seguinte. ELES PRECISAM DE PAZ !

Mas, essa PAZ não acontece. Os moradores de GUADALUPE, ANCHIETA, RICARDO DE ALBUQUERQUE, COSTA BARROS, BARROS FILHO, COELHO NETO, ACARI, DEODORO E MARECHAL HERMES estão abandonados pelo PODER PÚBLICO em quase todos os sentidos, mas, notadamente, no que concerne à  SEGURANÇA PÚBLICA. 

Os delinquentes mandam e desmandam. Furtos e assaltos aos pedestres, aos comerciantes e aos passageiros e motoristas de ônibus e carros, além de sequestros de motoristas são feitos à luz do dia, não só nas ruas internas, mas naquelas de grande circulação com a RUA MARCOS DE MACEDO, a AVENIDA NAZARÉ E a ESTRADA DO CAMBOATÁ, por exemplo. Bandidos circulam de motos e carros impunemente por essas e outras vias, sob os olhares desesperados dos  moradores. e dos comerciantes. A partir do momento em que a noite vem, os marginais desfilam pelas ruas com armas e atitudes agressivas, sem nenhuma preocupação. Parece " TERRA DE NINGUÉM". Eles são os donos da COCADA PRETA.

O Complexo do Chapadão e o Complexo da Pedreira são os ninhos deles. Se a Mídia relata todos os dias noticiários macabros sobre esses bairros, se tantos crimes lá ocorrem, por que nada se faz para acabar, ou, pelo menos, reduzir a insegurança dos moradores honestos, para lhes dar PAZ E TRANQUILIDADE ?  

Já passou da hora de o GOVERNO DO ESTADO e das demais instituições que existem nesse País cuidarem do restabelecimento da PAZ SOCIAL nessa área de gente trabalhadora que se encontra intimidade, humilhada, desalentada e desprotegida.  

Célio Lupparelli